A vacina contra a gripe será liberada para toda a população, a partir de segunda-feira (5). O anúncio da mudança na forma de aplicação das doses, até então feita apenas em pessoa pertencentes ao grupo de risco, acontece na última semana da Campanha Nacional de Vacinação que não atingiu a meta na maioria dos estados.
Mato Grosso do Sul recebeu 750 mil doses e tinha meta de vacinar 90% do público alvo - no ano passado a meta era atingir 80% -, mas até hoje eram apenas 409.364 doses aplicadas, o que representa cobertura de 68,74%.
A “sobra” agora poderá ser aplicada em qualquer pessoa, além dos idosos, crianças (menores de cinco anos), gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), indígenas, professores, trabalhadores da saúde e do sistema prisional, e presos.
O anúncio da liberação foi feito pelo ministro da Saúde Ricardo Barros, que confirmou restar ainda 10 milhões de doses de vacina contra a gripe em todo o País.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe, programada para acabar em 26 de maio, foi prorrogada e segue até a próxima sexta-feira (9).
A imunização protege contra os três sorotipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano: H1N1, H3N2 e Influenza B.
NA CAPITAL
Em Campo Grande, mais de 60 mil pessoas ainda precisam tomar a dose. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) imunizou, até o momento, 137.034 pessoas do grupo de risco, ou seja 69,30% do público alvo, que é 197.737.
O grupo de risco que teve menor adesão é o das gestantes, com apenas 47,64% das 5.075 imunizadas.
A mudança na vacinação em todo o País pegou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de surpresa e até o fim da tarde de hoje o órgão ainda aguardava posição oficial do Ministério da Saúde para confirmar a liberação das doses à qualquer pessoa e montar estratégia para atender nova demanda.
CASOS
Na semana passada, a suspeita de duas crianças terem contraído gripe H1N1 levou ao fechamento - no dia 29 de maio - da Escola Municipal Major Aviador Y-Juca Pirama de Almeida, na Vila Base Aérea, região oeste de Campo Grande.
As aulas foram suspensas para higienização da unidade escolar. Mas no dia seguinte uma das crianças diagnosticada com o vírus já frequentava as aulas, enquanto a outra era tratada em casa.
O exame de subtipagem do vírus não foi realizado pelo fato que os hospitais particulares, responsáveis pelo atendimento, demoraram para notificar a rede municipal de saúde em tempo hábil para a realização da coleta do material.
Neste ano, a SES, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), não confirmou casos de Influenza A H1N1.
Já de Influenza A H3N2 foram 91 casos confirmados e de B, quatro. Além de um caso não subtipado. Dois óbitos foram confirmados, um por H3N2 na Capital, e outro não subtipado na cidade de Rio Verde.