Homem de 39 anos foi denunciado à Polícia Civil por fazer selfie em cabine de voto hoje à tarde em Tacuru. A medida é considerada ilegal na Lei Eleitoral por violar ou tentar violar o sigilo do voto.
Além de se fotografar, o eleitor ainda enviou a imagem para grupos de redes sociais e comentou com várias testemunhas, como fiscais e presidente de mesa.
Policiais civis deslocaram-se para a Escola Estadual Professor Cleto de Moraes Acosta para constar a situação, mas o homem já havia apagado a foto do aparelho celular.
O eleitor ainda estaria falando para várias pessoas em quem votou e mencionou o número 11, que é do prefeito interino e atual presidente da Câmara de Tacuru, Paulo Sérgio de Lopes Mello (PP).
O delegado Mikaill Alessandro Gouvea Faria registrou boletim de ocorrência contra o eleitor por violar ou tentar violar o sigilo do voto.
A eleição suplementar em Tacuru, que acontece hoje, tem clima tenso e desde ontem cinco pessoas foram presas por terem sido flagradas transportando pessoas para locais de votação.
No atual pleito, concorrem à prefeitura o ex-presidente da Câmara e prefeito interino Paulo Sérgio de Lopes Mello (PP) e Carlos Alberto Pelegrini (PMDB).
ELEIÇÃO INVALIDADA
A chapa de Claudio Rocha Barcelos (PR) e Adailton de Oliveira venceu a eleição em outubro de 2016, mas os votos foram considerados nulos depois de julgamento que indeferiu o registro de candidatura deles.
Houve recurso e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisou o pedido em abril, seguindo a sentença de 1ª instância e, assim, anulando a votação do ano passado.
Adailton de Oliveira, que era vice na chapa com Claudio Barcelos, foi condenado por compra de votos. A cidade tem mais de 7 mil eleitores e Barcelos havia obtido 2.737 votos.