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ELEIÇÃO SUPLEMENTAR Selfie em cabine de voto leva polícia para escola em Tacuru Cidade do interior teve novo pleito depois de anulação de votos 4 JUN 2017 • POR RODOLFO CÉSAR • 17h19

Homem de 39 anos foi denunciado à Polícia Civil por fazer selfie em cabine de voto hoje à tarde em Tacuru. A medida é considerada ilegal na Lei Eleitoral por violar ou tentar violar o sigilo do voto.

Além de se fotografar, o eleitor ainda enviou a imagem para grupos de redes sociais e comentou com várias testemunhas, como fiscais e presidente de mesa.

Policiais civis deslocaram-se para a Escola Estadual Professor Cleto de Moraes Acosta para constar a situação, mas o homem já havia apagado a foto do aparelho celular.

O eleitor ainda estaria falando para várias pessoas em quem votou e mencionou o número 11, que é do prefeito interino e atual presidente da Câmara de Tacuru, Paulo Sérgio de Lopes Mello (PP).

O delegado Mikaill Alessandro Gouvea Faria registrou boletim de ocorrência contra o eleitor por violar ou tentar violar o sigilo do voto.

A eleição suplementar em Tacuru, que acontece hoje, tem clima tenso e desde ontem cinco pessoas foram presas por terem sido flagradas transportando pessoas para locais de votação.

No atual pleito, concorrem à prefeitura o ex-presidente da Câmara e prefeito interino Paulo Sérgio de Lopes Mello (PP) e Carlos Alberto Pelegrini (PMDB).

ELEIÇÃO INVALIDADA

A chapa de Claudio Rocha Barcelos (PR) e Adailton de Oliveira venceu a eleição em outubro de 2016, mas os votos foram considerados nulos depois de julgamento que indeferiu o registro de candidatura deles.

Houve recurso e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisou o pedido em abril, seguindo a sentença de 1ª instância e, assim, anulando a votação do ano passado.

Adailton de Oliveira, que era vice na chapa com Claudio Barcelos, foi condenado por compra de votos. A cidade tem mais de 7 mil eleitores e Barcelos havia obtido 2.737 votos.