A seleção brasileira sentiu a ausência de alguns de seus principais jogadores e foi derrotada por 1 a 0 pela Argentina em amistoso em Melbourne, na Austrália. O resultado fez com que o técnico Tite perdesse sua invencibilidade à frente do comando da seleção. Desde agosto, quando assumiu o cargo de técnico da seleção, ele tinha conseguido nove vitórias em nove jogos.
O treinador brasileiro optou por dar descanso a jogadores importantes como Marcelo (Real Madrid), Daniel Alves (Barcelona) e especialmente Neymar (Barcelona), e aproveitou o amistoso para convocar jogadores que não vinham tendo oportunidades. Rafinha, Douglas Costa, Willian e Gil, por exemplo, jogaram nesta sexta-feira (9) e puderam ter o rendimento avaliado por Tite.
Por isso, o Brasil mostrou falta de entrosamento e não repetiu o mesmo nível de performance que vinha tendo. A ausência de Neymar foi a mais sentida, já que as jogadas de criatividade escassearam no campo ofensivo brasileiro.
No caso da Argentina, a vitória marcou a estreia do técnico Jorge Sampaoli à frente da seleção. O triunfo é importante para dar impulso ao time que atualmente ocupa a quinta colocação nas eliminatórias sul-americanas a quatro rodadas do fim da competição e ainda não está em posição que garanta vaga para a Copa da Rússia de 2018. O Brasil é líder das eliminatórias atualmente e já conseguiu a vaga no Mundial.
O jogo foi marcado pelo equilíbrio entre as equipes. A Argentina começou melhor no primeiro tempo com uma bola trave de Di Maria, mas o Brasil reagiu ao apostar em tabelas de Gabriel Jesus com Philippe Coutinho e Willian. O centroavante do Manchester City, de volta à seleção após lesão no pé, destacou-se ao receber a bola de costas para os argentinos e lançar para os companheiros que passavam pelos flancos.
Em contra-ataque aos 21 minutos, Gabriel Jesus lançou para Willian pelo lado esquerdo. O meia do Chelsea disparou em velocidade e ficou sozinho de frente para o goleiro Romero. Willian, então, diminuiu a velocidade para a chegada de Coutinho, que recebeu a bola, cortou o goleiro e teve o chute desarmado.
Na segunda metade da primeira etapa, Di Maria começou a brilhar. Ele encontrou espaço nas costas de Fagner, pelo lado direito da defesa brasileira, e começou a dar cruzamentos perigosos, em sua maioria cortados pelos zagueiros Thiago Silva e Gil.
Aos 44 minutos, Messi rolou a bola para Di Maria, que cruzou mais uma vez na área. Otamendi, sem marcação, cabeceou na trave. A bola sobrou para Mercado, que abriu o placar.
No segundo tempo, o Brasil partiu para a reação. Tite trocou Coutinho e Willian de lados, e o meia do Liverpool passou a jogar pela esquerda. No entanto, Sampaoli reagiu e mudou a posição dos defensores, mantendo Mercado na cola de Coutinho.
A melhor oportunidade brasileira aconteceu aos 17 minutos. Fernandinho deu belo lançamento para Gabriel Jesus, que driblou Romero, perdeu o equilíbrio e finalizou de perna esquerda na trave. A bola sobrou para Willian, que também chutou na trave.
A seleção brasileira seguiu pressionando a Argentina durante todo o segundo tempo, mas o adversário, bem organizado por Sampaoli, soube anular as chances mais incisivas de gol. A despeito do controle da posse de bola, o Brasil não esteve perto do empate muitas vezes.
O Brasil já volta a campo na terça-feira (13), quando enfrentará a Austrália em Melbourne em mais um amistoso.