O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) denunciou, nesta sexta-feira (9), o Internacional e o ex-presidente do clube Vitorio Piffero pelo uso de documentos forjados no caso Victor Ramos.
O Inter foi enquadrado no artigo 61 (incisos 1 e 4), do Código Disciplinar da Fifa, que fala em multa e até exclusão do torneio nacional que estiver disputando, no caso, a Série B.
Se forem impedidos de jogar a segunda divisão do Brasileiro, os gaúchos serão automaticamente rebaixados para a Série C. O julgamento do caso ocorrerá na próxima terça-feira (13), às 15h (de Brasília), no Plenário do STJD, no Rio.
A investigação apontou que o Inter não foi responsável pela produção dos documentos falsos, mas fez uso deles para tentar provar que o Vitória escalou Victor Ramos de forma irregular no Brasileiro de 2016.
O inquérito foi aberto pelo STJD no ano passado, quando a CBF encontrou adulterações em provas usadas pelo Inter para questionar a escalação do zagueiro.
Na argumentação, o clube gaúcho inclui uma troca de e-mails referentes à inscrição do jogador, que foi emprestado pelo Monterrey, do México, ao Vitória. Nela, o responsável pelas inscrições da CBF, Reynaldo Buzzoni, orientava os baianos a proceder a transferência internacional, que comprovaria o erro posterior.
Buzzoni, por sua vez, disse posteriormente que os registros de transferência de Victor não voltaram ao Monterrey, entre os empréstimos a Palmeiras e Vitória, configurando uma transferência nacional e dentro do prazo.
Segundo o relatório, quem adulterou os documentos foi o empresário de Victor Ramos, Francisco Godoy. Em depoimento, ele disse que fez as mudanças para repassar as informações necessárias ao Monterrey e proceder a transferência do atleta. O mesmo documento foi repassado ao Inter.
Caso houvesse irregularidade na inscrição do zagueiro, o Vitória perderia pontos na classificação final do Brasileiro de 2016. Isso beneficiaria o Inter, que se livraria do rebaixamento à Série B.