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ataque Atirador fere vice-líder republicano nos EUA durante treino de beisebol Atirador fere vice-líder republicano nos EUA durante treino de beisebol 14 JUN 2017 • POR FOLHAPRESS • 20h29

Um atirador feriu o vice-líder da maioria republicana na Câmara e pelo menos outras quatro pessoas enquanto congressistas treinavam para uma partida beneficente num campo de beisebol próximo a Washington na manhã desta quarta (14).

Steve Scalise, 51, foi atingido no quadril e passou por uma cirurgia pela manhã. Apesar de seu gabinete ter informado que ele estava "bem humorado" e teria falado com a mulher antes do procedimento, os médicos disseram que, após a operação, seu estado de saúde era grave.

Entre as outras vítimas estão um assessor parlamentar, um lobista(também em estado crítico) e dois agentes da polícia do Congresso que protegiam o campo em Alexandria, cidade da Virgínia colada à capital americana.
O atirador, identificado como James T. Hodgkinson, 66, foi atingido pelos policiais e morreu após ser detido.

Nas redes sociais, Hodgkinson, que morava num subúrbio de St. Louis (Missouri), era bastante crítico ao presidente Donald Trump e ao Partido Republicano. Segundo a Reuters, ele participava de grupos como "Extermine o Partido Republicano" e "Donald Trump não é o meu presidente". Algum tempo depois da divulgação do nome de Hodgkinson, seu perfil no Facebook já tinha sido fechado ao público.

O atirador também teria trabalhado como voluntário na campanha presidencial do senador democrata Bernie Sanders, que disputou a candidatura do partido com Hillary Clinton em 2016.

No Congresso, Sanders se disse "enojado por esse ato desprezível". "A violência de qualquer tipo é inaceitável na nossa sociedade, e condeno essa ação nos termos mais contundentes possíveis."

Em um pronunciamento no final da manhã, Trump condenou o atentado "muito, muito brutal" e pediu união aos americanos. "Somos mais fortes quando estamos unidos e trabalhamos juntos pelo bem comum." O FBI (polícia federal americana) vai liderar as investigações.

Esse foi o mais grave ataque a parlamentares desde 2011, quando a ex-deputada democrata Gabrielle Giffords, foi baleada na cabeça enquanto discursava nos arredores de Tucson, no Arizona.

Giffords sobreviveu, mas ficou com graves sequelas. Nesta quarta, ela disse que o ataque atingiu "todos os que participam da democracia".

O senador republicano Rand Paul, do Kentucky, que estava no local, disse que, durante o ataque, o cenário era de um "campo de execução" e que teria ocorrido "um massacre" se os policiais não agissem rápido. Hodgkinson fez dezenas de disparos até de ser atingido, pouco antes das 7h30 (8h30 de Brasília).

O presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, disse que o jogo para o qual os congressistas treinavam, nesta quinta (15) será mantido.

Scalise, casado e pai de dois filhos, é deputado pela Louisiana desde 2008, representando o distrito que inclui Nova Orleans.