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saúde Unidades Básicas funcionam com apenas 40% da capacidade Falta de profissionais e baixa procura castigam serviço 17 JUN 2017 • POR DA REDAÇÃO • 06h00

Falta de médicos especialistas, enfermeiros e também de pacientes castigam as 38 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as 25 de Saúde da Família (UBSF) existentes em Campo Grande. Subutilizados, os 63 postos mantém somente 40% de toda sua capacidade de funcionamento. 

O baixo alcance de atendimento gera ainda perda financeira, já que a Capital deixa de receber, todos os meses, pelo menos R$ 860.457,00 para a atenção básica.

De acordo com o Conselho Municipal de Saúde, a capacidade de absorção - seja de mão de obra ou de pacientes - é muito maior nessas unidades que,  ao invés de manterem apenas 88 equipes atendendo, poderiam comportar 252, levando-se em conta que as unidades funcionassem com a quantidade máxima permitida pelo Ministério da Saúde, que é de quatro.

Vale ressaltar que como a capacidade é de 252 equipes, todas estão credenciadas no ministério, mas somente as 88 estão efetivamente implantadas. 

O atendimento superficial nas UPAs para pacientes menos graves também é pontuado pelo representante do Conselho Municipal de Saúde.

“Temos um plano para mudar a forma do serviço da UBSF e da UBS, deve ser implantado dentro de 20 a 30 dias. Se hoje a unidade funciona com três equipes, uma delas será para demanda espontânea também, poderá atender até 30 pacientes por dia. Só não começou a funcionar assim ainda porque os médicos não querem aderir”, afirmou o presidente do conselho, Sebastião Arinos Júnior.

*Leia reportagem, de Natalia Yahn, na edição de sábado/domingo do jornal Correio do Estado.