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CPI Parlamentar vê riscos em não estender prazo para J&F entregar documentos Eduardo Rocha alertou sobre a possibilidade de o grupo fechar as plantas frigoríficas no Estado 5 JUL 2017 • POR IZABELA JORNADA • 12h50

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no Governo do Estado, deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB), disse que é necessário ter muito cuidado para que o grupo J&F não acuse integrantes da CPI de cercear direitos da empresa por não aceitar prazo de dilação para entrega de Termo de Acordo de Regime Especial (Tares), solicitado pelo grupo.

Hoje à tarde, integrantes da CPI se reunirão às 15h30, na Casa de Leis, para decidirem se aceitam ou não o prazo pedido pela J&F.

O parlamentar relembrou o episódio em que o ex-presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva, pediu para que 80 testemunhas dele fossem ouvidas pela Justiça. "O juiz aceitou pedido do Lula. Acredito que devemos aceitar o prazo que a JBS pediu para não corrermos risco", disse Rocha.

O parlamentar explicou também que deputados levarão, em média, dez dias para analisarem as notas da Secretaria de Fazenda (Sefaz), que já foram enviadas ao Legislativo. "Além das notas da Sefaz, temos o recesso e até retomar, dará o tempo certo", declarou o peemedebista.

Além do receio sobre não aceitarem os 45 dias de prazo da J&F, Rocha alertou sobre a possibilidade de o grupo fechar as plantas frigoríficas no Estado. "Já pensou se eles fecham? São mais de três mil funcionários só na planta aqui de Campo Grande. Temos que forçá-los a vender as plantas", disse Rocha.