Em busca de votos para se livrar da denúncia por corrupção passiva, o presidente Michel Temer (PMDB) aumentou a ofensiva sobre parlamentares indecisos do PSDB.
Ontem pela manhã, ele se reuniu com o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB), único membro titular de Mato Grosso do Sul na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
O aliado de Temer, deputado federal Carlos Marun (PMDB), assumiu na semana passada a vaga de suplente da comissão.
Principal partido da base governista e cuja maioria dos parlamentares tem evitado declarar apoio público ao peemedebista, o PSDB tem ao todo sete titulares na CCJ. Destes, três já se pronunciaram a favor da denúncia e os outros quatro, incluindo Elizeu Dionizio, não manifestaram ainda como votarão.
Pelos cálculos do Palácio do Planalto, Temer teria 30 dos 66 votos na comissão, menos do que a maioria simples de 34 votos para aprovar um relatório favorável ou derrubar um desfavorável a ele.
É por isto que os quatro parlamentares têm sido alvo do governo. Eles podem garantir o apoio mínimo para conseguir levar a plenário um relatório que garanta a continuidade de Temer no cargo.
*Leia reportagem, de Tavane Ferraresi, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.