Ao se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, pela primeira vez desde que a Coreia do Norte fez um teste com um míssil balístico capaz de atingir os EUA, o presidente Donald Trump reconheceu, neste sábado (8), que uma solução para o tema "pode demorar", mas disse que os dois países terão sucesso "de uma maneira ou de outra".
Três dias antes, Trump havia sugerido que Pequim, importante aliado de Pyongyang, não estava "ajudando" de forma suficiente os EUA a tentar conter o regime norte-coreano.
Neste sábado, ele agradeceu o apoio do líder chinês, mas ressaltou que é "preciso fazer alguma coisa em relação" ao tema.
"Eu agradeço as coisas que você tem feito em relação ao problema muito substancial que todos enfrentamos na Coreia do Norte, um problema sobre o qual é preciso fazer alguma coisa", disse Trump ao cumprimentar Xi em frente aos jornalistas.
"[A solução] pode demorar mais do que eu gostaria, pode demorar mais do que você gostaria", continuou. "Mas teremos sucesso ao final, de uma forma ou de outra."
Trump destacou, em frente ao líder chinês, que o comércio é, para os EUA, um assunto "muito, muito importante" com Pequim.
Na última quarta-feira (5), ele tinha criticado, em sua conta no Twitter, o fato de o comércio entre a China e a Coreia do Norte ter crescido quase 40% no primeiro trimestre.
"É muito, considerando que a China está trabalhando conosco -mas temos que dar uma chance!", disse. Em abril, Trump havia instado Xi, durante visita do chinês aos EUA, a reduzir o fluxo comercial com Pyongyang.
Também na quarta, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, disse à China que o comércio entre os dois países está sob risco se Pequim seguir seus negócios com o regime de Kim Jong-un.
"Há países permitindo, inclusive estimulando, o comércio com a Coreia do Norte. Nossa atitude [dos EUA] sobre comércio muda quando os países não tratam com seriedade as ameaças de segurança internacional", afirmou Haley.
A reunião deste sábado durou cerca de uma hora, mas os dois presidentes não falaram com os jornalistas ao final. Logo após o encontro, Trump embarcou de volta para Washington