Laudo do IML (Instituto Médico Legal), concluído nesta quinta-feira (13), confirmou que o corpo encontrado em janeiro, em um canavial de Cravinhos (a 292 km de São Paulo), é do adolescente Itaberli Lozano, 17, segundo informações da Polícia Civil.
De acordo com investigação da polícia, o jovem foi morto pela mãe, que está presa.
A família do adolescente afirmava ter certeza que o corpo encontrado queimado no dia 9 de janeiro era do garoto, mas, enquanto a Justiça não tivesse um laudo conclusivo do IML, o sepultamento não seria autorizado. Com isso, um novo teste foi feito há duas semanas com amostras do avô paterno.
Segundo a polícia, Itaberli foi morto após ser esganado e receber uma facada no pescoço desferida pela mãe, Tatiana Lozano Pereira, 32, e por outros dois jovens: Victor Roberto da Silva, 19, e Miller Barissa, 18. O crime teria ocorrido na madrugada de 29 de dezembro de 2016, no quarto do garoto.
O motivo do crime seriam brigas constantes entre mãe e filho e a orientação sexual de Itaberli, que era homossexual.
Para a polícia, o padrasto do adolescente ajudou Tatiana na ocultação do cadáver, levando o corpo até um canavial e posteriormente incendiando a plantação. Os dois foram presos.
Antes de morrer, o adolescente postou em uma rede social que havia sido agredido pela mãe por ser gay. À polícia, ela assumiu a autoria do crime, mas contou que o filho era problemático, usuário de droga e havia ameaçado ela e o filho caçula. Tatiana deve ser julgada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e homofobia.