O maior rio de Campo Grande é também o mais poluído e prejudicado pelo lançamento de esgoto, tanto legal quanto clandestino.
O Anhanduí, cujo significado é “água onde se encontram perdizes”, não tem nada de tão lindo, principalmente se levar em consideração trecho na saída para Sidrolândia, onde a água está preta e acompanhada de forte odor.
Tal trecho do Rio Anhanduí é considerado “insuportável” por quem trabalha ou mora próximo. Mau cheiro e cor escura da água, que aparenta ter bem pouco oxigênio, são as principais reclamações.
Tanto os efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) quando possíveis esgotos clandestinos são despejados no local, segundo relatório anual da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) para o programa municipal Córrego Limpo, que monitora a qualidade da água.
Pelo levantamento, justamente na saída para Sidrolândia, a água é considerada ruim, com altos índices de fósforo, forte turbidez, muitos coliformes termotolerantes (restos de fezes) e baixa concentração de oxigênio.
Nesse trecho específico, o rio é considerado classe 4, de acordo com classificação determinada pela resolução 357 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Nela, os corpos d’água são divididos conforme sua função e uso. Os dessa classe, por exemplo, só podem ser usados para navegação ou harmonia paisagística, sendo vedados pesca, banho ou consumo humano.
*Leia reportagem, de Lucia Morel, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.