Após executar roubos milionários de carros-fortes em Roboré, na Bolívia, e depois em Mato Grosso do Sul, além de promover ataque organizado contra empresa de transporte de valores no Paraguai, a facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC) voltou a agir em território boliviano.
O ataque, que deixou cinco mortos e oito feridos, demonstra a intenção do grupo de praticar crimes mais violentos para o levantamento de dinheiro para financiamento do tráfico, tanto de cocaína quanto de maconha, além de armas.
Na quinta-feira, a quadrilha do PCC assaltou uma joalheria no centro de Santa Cruz de La Sierra. Houve confronto com a polícia, resultando em mortes e feridos.
Segundo ministro de governo boliviano Carlos Romero, entre os mortos estavam criminosos identificados como Antonio da Silva Costa, o Nego, e Baiano, do Brasil, bem como Mono, morador local.
Os três, conforme apurado, vinham se preparando há dias para o crime, prova do poder de articulação da facção que não encontra dificuldade para avançar na direção dos países vizinhos, ampliando o poder de atuação.
As outras duas pessoas mortas são uma policial e uma funcionária. De acordo com Romero, as polícias que atuam na fronteira trocam informações na tentativa de identificar os demais envolvidos.
Preocupado com o avanço da facção, Romero disse ao El Deber que trabalha com sistema de segurança trinacional, que envolve também o Peru e o Brasil, como forma de intensificar ações na fronteira.
Na segunda-feira, agentes da Polícia Nacional estarão em Mato Grosso do Sul para participar de curso sobre combate ao crime organizado, ministrado pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar.
*Leia reportagem, de Renan Nucci, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.