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fronteira PCC faz assaltos milionários para financiar tráfico de drogas Roubo a joalheria promovido pela facção, na Bolívia, deixou cinco mortos 15 JUL 2017 • POR DA REDAÇÃO • 05h30

Após executar roubos milionários de carros-fortes em Roboré, na Bolívia, e depois em Mato Grosso do Sul, além de promover ataque organizado contra empresa de transporte de valores no Paraguai, a facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC) voltou a agir em território boliviano.

O ataque, que deixou cinco mortos e oito feridos, demonstra a intenção do grupo de praticar crimes mais violentos para o levantamento de dinheiro para financiamento do tráfico, tanto de cocaína quanto de maconha, além de armas.

Na quinta-feira, a quadrilha do PCC assaltou uma joalheria no centro de Santa Cruz de La Sierra. Houve confronto com a polícia, resultando em mortes e feridos.

Segundo ministro de governo boliviano Carlos Romero, entre os mortos estavam criminosos identificados como Antonio da Silva Costa, o Nego, e Baiano, do Brasil, bem como Mono, morador local.

Os três, conforme apurado, vinham se preparando há dias para o crime, prova do poder de articulação da facção que não encontra dificuldade para avançar na direção dos países vizinhos, ampliando o poder de atuação.

As outras duas pessoas mortas são uma policial e uma funcionária. De acordo com Romero, as polícias que atuam na fronteira trocam informações na tentativa de identificar os demais envolvidos.

Preocupado com o avanço da facção, Romero disse ao El Deber que trabalha com sistema de segurança trinacional, que envolve também o Peru e o Brasil, como forma de intensificar ações na fronteira.

Na segunda-feira, agentes da Polícia Nacional estarão em Mato Grosso do Sul para participar de curso sobre combate ao crime organizado, ministrado pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar.

*Leia reportagem, de Renan Nucci, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.