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ave em extinção

Mortes de araras-azuis no Pantanal gera alerta de pesquisadores

Equipes fazem monitoramento da ave, que corre risco de extinção

26 JUL 2017 • POR MARIANE CHIANEZI, COM ASSESSORIA • 16h50

Vinte especialistas de organizações defensoras do Meio Ambiente se reunirão no Instituto Arara Azul, em Campo Grande. Motivo da mobilização seria a mortalidade das aves no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

A arara-azul está na lista de espécies ameaçadas de extinção devido à caça, ao comércio clandestino e à degradação de seu habitat natural por conta de desmatamento.

Em 2015, de acordo com a organização não governamental, houve a morte de 18 aves da espécie em uma propriedade de MS e de 83 em três propriedades no estado vizinho, MT. Este ano, há novos relatos de perdas de 30 araras-azuis em uma propriedade do MT, preocupando autoridades, ambientalistas e pesquisadores.

No ano em que essas mortes foram constatadas, a equipe técnica do Instituto Arara Azul foi a campo para diagnóstico e análises de possíveis causas que provocaram a morte das araras-azuis.

Com apoio de parceiros foram feitas expedições em MS e MT para que ações sejam pautadas em elementos técnicos e científicos.

“Entramos em contato com vários órgãos para auxiliar nessa descoberta. A doutora Eliane Vicente, nossa pesquisadora associada, fez o exame pericial da primeira ave morta e outras sete foram necropsiadas pelo professor doutor Edson Moleta Coledol e sua equipe, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). As amostras foram encaminhadas para a Universidade de São Paulo (USP), e enviadas para a Fiocruz e outros laboratórios conveniados para realizações de outros testes e exames” disse o presidente do Instituto Arara Azul, Neiva Guedes.

PARTICIPANTES

No encontro estão sendo apresentados levantamentos e diagnósticos realizados por equipe de técnicos e cientistas de várias instituições.

Após a análise de resultados, os representantes do Instituto Arara Azul, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - que também está representando o Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) -, Polícia Militar Ambiental (PMA/MS), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) definirão estratégias para evitar mais mortes.

Estarão presentes também a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Pantanal), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Universidade Federal do Paraná (UFPR), UFMT, USP, Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação (INPCON), Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e Serviço Social do Comércio (Sesc).

Todas essas entidades determinarão um protocolo de ação para as possíveis ocorrências e definirão os próximos passos para a implementação de um Plano de Risco Ambiental, com atuações emergenciais para a prevenção das mortandades e para a proteção a arara-azul grande.

Para saber mais sobre o Instituto Arara Azul, acesse o site do projeto clicando aqui.