
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) solicitou hoje que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investigue a presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MS) e desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Tânia Garcia de Freitas Borges.
A solicitação foi feita por conta da possível interferência dela no processo de transferência do filho, Breno Fernando Solon Borges, 37, do Presídio de Segurança Média de Três Lagoas para o Hospital Nosso Lar, em Campo Grande, no dia 21 deste mês, e depois para unidade de luxo para tratamento psiquiátrico em Atibaia.
O filho da desembargadora é acusado de tráfico de drogas e investigado por participar de tentativa de resgate de chefe de quadrilha, preso na mesma unidade que Breno ficou entre 8 de abril a 21 de julho.
“O procedimento se faz necessário para esclarecer as circunstâncias relatadas pelo Juiz da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rodrigo Pedrini Marcos, e para que a população saiba como os fatos se deram, uma vez que a Ordem acredita no papel das instituições e espera que essa apuração traga mais segurança à sociedade e, se for o caso, absolvição ou penalização da conduta praticada”, explicou o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche.
Breno estava preso desde 8 de abril por conta de flagrante de tráfico de drogas. A Polícia Rodoviária Federal o encontrou com 129 quilos de maconha, além munição de fuzil. Os ilícitos estavam escondidos em caminhonete e carreta que transportava motos. Ele foi preso na BR-262, no município de Água Clara.
Paralelo a essa processo, o filho da desembargadora teve prisão decretada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rodrigo Marcos. A Polícia Federal apresentou relatório que indicou que ele participou de tentativa de resgate do preso Tiago Vinícius Viera.
No mesmo crime também foram denunciados Dário Aparecido da Cunha deAlmeida, Mayara Alves de Souza, Matheus da Silva Alves e Thais Camila Gimenes da Costa. Esse mandado de prisão do juiz de Três Lagoas não teria sido cumprido, ao mesmo tempo Breno deixou a prisão e foi levado para Campo Grande e, depois, Atibaia (SP).