Sem repassar recursos da área da saúde para os 79 municípios, a dívida do governo do Estado já é de, pelo menos, R$ 40 milhões.
Somente para Campo Grande, R$ 21 milhões deixaram de ser enviados este ano pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Dourados é outro município prejudicado pela situação; lá, a dívida do Estado é de R$ 10 milhões. Ou seja, nas duas maiores cidades o rombo já é de R$ 31 milhões e os outros 77 municípios dividem os outros R$ 9 milhões em repasses que deixaram de ser feitos.
O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems-MS), Sérgio Perius, que é secretário municipal de Saúde de Amambai, informou que todos os municípios foram prejudicados pelo atraso.
“Ocorre nos 79 municípios. Não é verba federal, é atraso do repasse do Estado. Implica que o município tem que custear despesas com a saúde, tirando recursos próprios. A gente acaba fazendo ajustes, reduzindo algumas situações em razão das limitações. Os municípios com hospitais sentem mais o atraso”.
Os repasses em atraso do Estado à Capital, na área da saúde, já foram mostrados em reportagens publicadas nos dias 10 de junho e 10 de julho, quando os valores eram de R$ 15 milhões e R$ 19,6 milhões, respectivamente.
O montante da dívida atualizada, de R$ 21 milhões, foi confirmado pelo secretário municipal de Saúde (Sesau), Marcelo Vilela.
*Leia reportagem, de Natalia Yahn, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.