A Justiça Federal ainda não recebeu pedido para libertar os quatro bolivianos presos na noite de domingo no Aeroporto Internacional de Campo Grande com US$ 400 mil escondidos nas meias, sapatos e até nas cuecas. Até o fim da tarde de ontem, eles continuavam presos na Superintendência da Polícia Federal da Capital, mas podem ser transferidos para presídios estaduais.
Policiais federais investigam a procedência do dinheiro que os bolivianos transportavam. Os estudantes Max Junior Cuellar Wunder, 23 anos, Paulo Antônio Daza Cuellar, 21 anos, e o taxista Luiz Xavier Timeo Melgar, 31 anos, foram flagrados no salão de embarque do aeroporto. Já o estudante Einar Daza Taboga, 36 anos, estava dentro da aeronave quando foi detido.
Eles foram autuados por formação de quadrilha e na Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional. Os quatro bolivianos já prestaram depoimento na Polícia Federal, que não divulga o teor das declarações. Há suspeitas de que o dinheiro seja proveniente do tráfico de cocaína ou armas. Os bolivianos informaram que receberam US$ 700 dólares cada um para transportar os US$ 400 mil dólares de Campo Grande até a Bolívia. As investigações pretendem apontar ainda quem os contratou para transportar o dinheiro.