Dois porteiros da Santa Casa de Campo Grande foram detidos na noite de ontem por impedir a entrada de unidade de resgate do Corpo de Bombeiros. Os militares transportavam paciente com diversas fraturas e hemorragia.
Conforme o boletim de ocorrência, o paciente foi levado para o local conforme determinado pela regulação médica, feita pelo central 192. Entretanto, ao chegar no hospital, por volta das 20h30min, os militares foram impedidos de entrar. Os porteiros ficaram cerca de 40 minutos para confirmar a regulação e disseram que a unidade não tinha autorização para receber o paciente.
Durante a espera, os portões chegaram a ser abertos duas vezes, uma para entrada de ambulância vindo de Santa Rita do Rio Pardo, e saída de outra unidade de resgate.
Sem verificar a existência de regulação, os porteiros se negaram a abrir os portões. Após dada voz de prisão, os próprios militares abriram o portões. Dentro da unidade, foi prestado atendimento ao paciente. Foi verificado que dentro da unidade haviam vários leitos vazios.
Desde a última quarta-feira, a administração da Santa Casa de Campo Grande fechou os portões do pronto-socorro alegando superlotação. Emegência, centro cirúrgico, pór-operatório e leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estariam operando 60% acima da capacidade.
Entretanto, ontem imagens enviadas à reportagem do Correio do Estado mostravam macas desocupadas na Unidade.
Na ocasião, a assessoria de imprensa do hospital informou que apesar da faixa indicando superlotação, até às 8h de ontem, 31 novos pacientes do pronto-socorro foram recebidos, indicando que os casos mais graves continuam recebendo atendimento.
A reportagem não conseguiu contato com a administração.