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crime na madrugada Polícia Militar vai instaurar procedimento para apurar ação de PM em homicídio Cabo deu três disparos em policial civil durante viagem de ônibus 13 AGO 2017 • POR NATALIA YAHN • 12h36

A Polícia Militar vai apurar a confusão que resultou na morte do papiloscopista da Polícia Civil Jones Regiori Borges, 38 anos. Ele foi morto com três tiros disparados por um cabo da PM quando os dois estavam em um ônibus intermunicipal.

“Vamos instaurar inquérito, mas já foi registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil e a arma foi apreendida. O policial militar, autor dos disparos, apresentou-se e fez exame de alcoolemia, que deu zero”, afirmou o comandante da Polícia Militar de Naviraí, a 358 quilômetros de Campo Grande, tenente coronel Everson Antonio Roseni.

Ele confirmou que Borges foi morto pelo cabo da PM Wagner Nunes Pereira, 30 anos, após um desentendimento dentro do ônibus de viagem que seguida do município para a Capital.

“O popiloscopista foi o último a entrar no ônibus. Sentou ao lado de uma mulher e a importunou sexualmente. Ela disse que iria gritar e ele mudou de lugar. Sentou ao lado do PM, que acabou trocando de lugar também. O policial civil estava embriagado, de acordo com testemunhas”, afirmou o comandante. 

Com o apagar das luzes, o PM viu que Borges estava se masturbando dentro do ônibus. “Ele pegou a lanterna e focou na direção. Um não sabia da condição de policial do outro. O PM deu voz de prisão e reagiu quando percebeu que o outro estava tentando sacar a arma. Foram três tiros mesmo. Foi este fato, uma coisa besta, que gerou o óbito”, confirmou Roseni.

Borges morreu no local. O PM, que está há mais de 11 anos na corporação, foi ouvido e liberado. A Polícia Civil investiga os fatos.

O corpo do policial civil foi levado para a Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI), em Dourados, a 139 quilômetros de Naviraí.