A cúpula nacional do DEM cobrou da direção do partido em Mato Grosso do Sul representatividade no Congresso Nacional. As lideranças exigem candidatos a senador e a deputado federal com chances concretas de vitória nas próximas eleições. Hoje, a legenda não tem nenhum parlamentar do Estado, em Brasília. O vice-governador Murilo Zauith (DEM) é cotado para concorrer vaga de senador na chapa do governador André Puccinelli (PMDB), mas teme entrar na disputa em condições desiguais.
Murilo esteve anteontem no Distrito Federal, conversando com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e com prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). “Os dirigentes destacaram a necessidade de o partido ter representatividade política em âmbito nacional”, contou o deputado estadual Zé Teixeira (DEM).
Dessa forma, as lideranças acabaram “incentivando” o vice-governador a entrar na disputa por vaga de senador. Murilo relacionou as dificuldades para concorrer à eleição. Ele relatou a preferência de Puccinelli ao deputado federal Waldemir Moka (PMDB) e a suspeita de infidelidade de prefeitos do PMDB, dispostos a apoiar a “dobradinha” de Moka com o senador Delcídio do Amaral (PT).
Para acabar com a insegurança, Murilo sugeriu a indicação de um primeiro-suplente com a “cara do André”. Entre os nomes elencados, aparecia o do secretário de Habitação, Carlos Marun (PMDB), e o de Obras, Edson Giroto (PR). Os dois foram descartados por Puccinelli, que chegou a sugerir a indicação da secretária de Assistência Social, Tânia Garib (PMDB).
A sugestão do governador não agradou Murilo. Agora, o plano é negociar a indicação de outro nome para compor com o atual vice. (LK)