Não bastassem os prejuízos causados à Polícia Rodoviária Federal (PRF), o contingenciamento orçamentário de 40% imposto pelo governo federal também afeta as Forças Armadas, deixando vulnerável a segurança nas fronteiras.
Só o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), projeto sediado em Dourados e estratégico para a segurança nacional e defesa contra organizações criminosas, terá cortes de R$ 196 milhões neste ano.
No início do mês, a unidade do Exército Brasileiro responsável pelo monitoramento na linha internacional de Mato Grosso do Sul com o Paraguai precisou recorrer ao Ministério da Defesa para pagar a conta de energia e evitar corte do serviço.
A preocupação é de que a crise atinja em breve o setor operacional, tendo em vista que os recursos atuais devem durar somente até setembro.
Segundo o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, a corporação lida com a diminuição de investimentos há pelo menos cinco anos e trabalha com um terço do orçamento previsto.
Os repasses anuais, antes na ordem de R$ 2 bilhões, foram de apenas R$ 767 milhões em 2017.
*Leia reportagem, de Renan Nucci, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.