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Abuso e homicídio Com segurança reforçada, polícia faz simulação da morte do garoto Kauan Mais de 20 viaturas e dezenas de policiais civis e militares estão no local 17 AGO 2017 • POR VÂNYA SANTOS E RENAN NUCCI • 10h17

Com forte esquema de segurança, a Polícia Civil faz, agora pela manhã, a reprodução simulada do abuso e homicídio do garoto Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos. Trabalho de investigação acontece na Rua da Praia, Bairro Coophavila II, em Campo Grande.

Mais de 20 viaturas foram empregadas no reforço da segurança, além de dezenas de policiais das

delegacias especializadas de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), Combate ao Crime Organizado (Deco), Repressão ao Narcotráfico (Denar), Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv) e Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH), além do Batalhão da Polícia Militar de Trânsito (BPTran) e outras unidades da PM.

Toda a estrutura de segurança foi montada por conta da grande repercussão do caso e também em razão da revolta dos moradores, que chegaram a tentar incendiar a residência do suspeito, quando ele foi preso. Havia o receio de que alguém tentasse agredir o homem durante a reprodução do caso.

A polícia não confirma, mas informações preliminares dão conta de que tanto o suspeito quanto o adolescente estão na residência onde é realizado o trabalho da polícia. A reprodução teve início às 8h e o objetivo é obter detalhes dos fatos, além de confrontar a versão dos suspeitos.

CASO KAUAN

Homem de 38 anos, suspeito de estuprar e matar Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, oferecia valores entre R$ 5 e R$ 20 para atrair as vítimas até a sua casa, no Bairro Coophavila II, onde cometia os abusos sexuais. Ele está preso preventivamente desde o dia 21 de julho e nega envolvimento nos crimes.

De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca, suspeito está preso preventivamente pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração de menor de 18 anos.

Caso seja comprovado, no fim do inquérito, a participação do homem no homicídio de Kauan, ele também responderá pelo crime. Corpo da vítima, que teria sido jogado no Rio Anhanduí, ainda não foi localizado.

Sobre as causas da morte de Kauan, Lauretto explicou que não é possível determinar porque é necessário o corpo para fazer exame necroscópico, mas que aparentemente menino morreu por asfixia ao reagir a estupro.