O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve inaugurado hoje novas instalações na Avenida Afonso Pena com a Rua Bahia. A unidade continua com mesmo contingente de funcionários da antiga, porém com central telefônica, rádio de operação e equipamentos de informática novos. O investimento feito tem valor total de R$1,107 milhão.
O software utilizado desde 2005, quando o Samu foi criado, já não comportava o volume de atendimentos e por esse motivo foi substituído “Ganhamos o software do Ministério da Saúde. O antigo não aceitava atualizações e estava defasado”, explicou o coordenador do Samu, André Ferreira Brito.
A nova central telefônica custou R$ 600 mil e o sistema de rádio-operação teve custo de R$ 107 mil. O equipamento de informática já foi licitado, porém aguarda empenho. “O valor dos computadores e servidores chegam a quase R$ 400 mil”, disse a supervisora de enfermagem do Samu, Marcela Bertoldi.
Doado pelo Ministério da Saúde, o novo software, conhecido como E-SUS Samu, permite mais agilidade no registro de ocorrências, bem como o controle e levantamento de informações que poderão ser encaminhadas ao Ministério da Saúde.
A central telefônica terá sistema de gravação instantânea de todas as ligações feitas ao Samu.
Outra mudança será no atendimento onde, a partir de agora, a central de regulação ficará responsável pelas transferências de pacientes. “Antes era o Samu e isso prejudicava um pouco o serviço. Agora vamos poder nos concencentrar no atendimento primário com mais agilidade”, disse o coordenador André.
O secretário de saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, disse que a cidade estava muito atrasada comparada a outras capitais. “Fazíamos uma regulação amadora, precisava organizar melhor mesmo. Essa regulação é uma portaria ministerial”, disse o secretário.
De acordo com o coordenador, em 2016 o Samu fez 484 mil atendimentos, em média quase 40 mil ligações ao mês e 1.315 ligações por dia.
RECONHECIMENTO
O Samu foi criado em 2005 e em 2012 foi regionalizado, passando a atender em outros municípios do Estado.
Neste ano, a revista Emergência, do segmento da saúde, publicou pesquisa feita com 27 capitais, com dados de julho de 2016 a julho de 2017, onde Campo Grande ficou em primeiro lugar no índice de maior número de ocorrências atendidadas a cada mil habitantes.
Ainda de acordo com resultado da pesquisa, Campo Grande ocupou a 16ª posição do país no número de viaturas por habitantes. “A Capital tem uma viatura para cada 61 mil habitantes. Precisamos melhorar isso”, reinvindicou o coordenador.
A Central de Regulação do Samu era no bairro Pioneira e com a mudança para a nova sede, os atendimentos não pararam. A adaptação dos funcionários às novas instalações não prejudicou os atendimentos.