Os quatro adolescentes que estupraram o menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, depois de morto foram obrigados pelo professor a cometer os atos. Todos os menores tinham sido vítimas do homem em momento anterior e só confessaram o crime depois de terem a certeza de que o agressor estava preso.
Em coletiva de imprensa realizada hoje, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Delegacia Especializada de Proteção à Infância e ao Adolescente (Depca), contou que na noite de 25 de junho Kauan saiu com outros dois garotos para cuidar de carros no Bairro Coophavila.
Os meninos foram embora e ele acabou indo para a casa do professor, acompanhado de adolescente de 14 anos. Vários garotos tinham o costume de ir para o local, onde eram explorados sexualmente pelo homem. Nesta noite, Kauan foi estuprado pelo professor e morto por asfixia.
Outros dois adolescentes, 14 e 16, também foram para a casa do professor naquela noite em busca de dinheiro para irem até uma festa. Quando chegaram na residência receberam a ordem de buscarem outro menor, 15.
Eles retornaram ao local e perceberam que Kauan estava desacordado. Todos os garotos foram ameaçados e obrigados pelo professor a estuprarem o menino depois de morto.
O professor esquartejou Kauan, colocou o menino em saco plástico e, na companhia dos adolescentes, foi até as proximidades do Córrego Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, onde abandonou o corpo sobre uma pedra.
Durante todo o trajeto, os adolescentes foram ameaçados de morte pelo professor que estava armado.
Ainda segundo a polícia, o professor retornou sozinho ao local, levou os restos mortais para a casa e cortou o corpo de Kauan em partes ainda menores. Até hoje nada foi encontrado pela polícia.
PRISÕES E APREENSÕES
Dos quatro adolescentes, dois estão apreendidos. Um deles por participação direta no crime e outro por questão de segurança já que sofreu ameaças de morte. O professor está preso.
Segundo a polícia, ao menos 10 garotos foram violentados pelo professor que, se aproveitava da situação de vulnerabilidade social das vítimas, para cometer os abusos.