Exames de DNA feitos com vestígios de sangue encontrados na casa do professor e comerciante suspeito de estuprar e matar o menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, em junho, batem com o material genético dos familiares do rapaz. É o que apontam os laudos do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf).
De acordo com Josemirtes Prado da Silva, diretora do Ialf, os primeiros resultados foram inconclusivos, mas trouxeram dados importantes.
Havia vestígios de sangue de duas pessoas do sexo masculino e uma delas era compatível com genes da mãe de Kauan, o que já deixa a polícia mais próxima de seu objetivo. Entretanto, serão feitas novas análises, a fim de esgotar todas as possibilidades.
No tapete, havia sangue que corresponde 100% a um dos irmãos da vítima, que teria estado no local em outra ocasião, mas o jovem nega. Apesar de não haver corpo, estes dados, junto dos depoimentos, formam a materialidade dos fatos.
Na casa, foi feita perícia minuciosa com luminol, por parte do Instituto de Criminalística (IC). Segundo Marcelo Pereira de Oliveira, diretor do IC, a substância consegue detectar vestígios de sangue mesmo após limpeza com produtos químicos.
Foram colhidas amostras no quarto, na sala, na cozinha, no carro e em um cômodo anexo aos fundos do imóvel. O material foi encaminhado para o Ialf, onde foi confrontado com amostras da mãe de Kauan.
*Leia reportagem, de Renan Nucci, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.