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cenário obscuro Líderes estão reféns da reforma política para definição de 2018 Deputados alegam estar "perdidos" e sem poder de abrir negociação eleitoral 30 AGO 2017 • POR DA REDAÇÃO • 04h00

A demora do Congresso Nacional em aprovar a reforma política está deixando os deputados de Mato Grosso do Sul “paralisados”, de “mãos atadas” e sem poder de reação para abrir negociação política com outros partidos.

Eles estão sem saber se poderão fazer coligação partidária ou se vão concorrer às eleições dentro do sistema do distritão”, onde os mais votados são, de fato, os vencedores do pleito.

Hoje a regra é da proporcionalidade, na qual as cadeiras parlamentares ocupadas por cada partido é determinada pela quantidade de votos obtida por ele. Enquanto o Congresso Nacional não definir as novas regras, todos os partidos ficarão reféns da reforma em discussão.

Para valer nas eleições de 2018, as mudanças nas regras eleitorais precisam ser aprovadas até o fim de setembro deste ano.

Além do financiamento de campanha, três pontos destacam-se na reforma política negociada entre Câmara e Senado: novas regras para a escolha de vereadores e deputados, fim das coligações nas eleições proporcionais e cláusula de barreira para o funcionamento dos partidos.

“Estou cético, acredito que tudo vai ficar como antes”, declarou o deputado federal Geraldo Resende (PSDB).

Segundo ele, para dar tempo de passar a valer em 2018, a reforma eleitoral precisa ser aprovada até amanhã (quinta-feira). “Precisamos ter um desfecho ainda nesta semana, caso contrário ficaremos com as regras das eleições passadas”.

*Leia reportagem, de Tavane Ferraresi, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.