O Brasil comemora neste domingo (7) o dia do leitor. Para tentar incentivar o hábito da leitura, o Senado já aprovou uma série de projetos que buscam facilitar o acesso às publicações e bibliotecas em todo o país.
"Eu aprendi que ler faz bem e também faz a gente se tornar mais inteligente. Gibi eu leio às vezes, livros eu leio muito. E eu vou muito na biblioteca da nossa escola. Ela tem vários livros, várias estantes cheias de livros”, disse João Nardelli, 9 anos.
“Eu gosto de ler porque é sempre uma surpresa. Você está tipo dentro entrando em um novo mundo. Então, eu me sinto muito bem. Você está tipo dentro da história. Você se imagina”, explicou Gabriela, 6 anos, irmã de João.
Os irmãos Gabriela e João Nardelli não escondem a paixão pelas palavras e revelam que os quadrinhos e os livros são companheiros de todas as horas.
Num mundo cercado por telas de TV e de celulares, os dois estudantes mostram que a leitura diária abre o mundo para a criatividade e a imaginação, além de ajudar no rendimento escolar. Infelizmente, o hábito não é tão comum e cerca de doze milhões de brasileiros analfabetos não poderão comemorar o dia do leitor, neste 7 de janeiro.
Segundo especialistas, a média anual de leitura no país é de quatro livros, enquanto americanos e franceses lêem mais de 10 livros por ano.
Para tentar reverter este cenário, o Senado já aprovou uma série de projeto que buscam facilitar o acesso às publicações e bibliotecas em todo o país. Entre eles, a criação do Fundo Nacional Pró-Leitura, que deve financiar projetos de criação, distribuição e leitura de livros, a atualização de bibliotecas e a formação de mão de obra para o setor.
Outra proposta aprovada em 2017 cria a Política Nacional de Leitura e Escrita, que busca ampliar os acervos físicos e digitais e as condições de acessibilidade de bibliotecas públicas.
A senadora Regina Sousa (PT-Piauí) disse que a iniciativa pode ajudar a melhorar a formação dos estudantes. “É um projeto que visa exatamente resolver esse problema, colocar o livro mais perto da criança. E para isso vai ter que ter outras atitudes, por exemplo o barateamento, porque livro é coisa cara nesse País. Lendo e escrevendo é que os meninos deslancham, se não souber ler e escrever não aprende mais nada, não adianta."
Outra proposta elimina os impostos de publicações em bralile, áudio-livros e equipamentos para leitura digital, como tablets. Os projetos estão em análise na Câmara dos Deputados.