A vitória por 1 a 0 sobre o ASA (AL), na primeira fase da Copa do Brasil, na última quarta-feira (7), com um gol de falta aos 44 minutos do segundo tempo, trouxe mais do que êxito esportivo ao Corumbaense.
Somadas as cotas da primeira e segunda fase da competição, o R$ 1,1 milhão ganho seria suficiente para pagar quase toda a folha salarial do clube, avaliada em cerca de R$ 100 mil mensais, até o final do ano.
"Esse dinheiro vai ser muito bem vindo", disse o presidente do Carijó da Avenida, Luiz Bosco. "É um respiro importante. As taxas na Copa do Brasil são altas. Só de arbitragem eu paguei R$ 17 mil ontem (quarta-feira). Nos dá um respiro", disse.
No planejamento estipulado pela diretoria do clube, parte da bolada será usada para quitar uma dívida trabalhista com um ex-jogador pela qual o clube foi condenado na Justiça, de R$ 320 mil - herança de administrações anteriores.
O time alvinegro terá agora pela frente o Vitória, na próxima quinta-feira (15), às 18h15 (de MS), na segunda fase, no Estádio Barradão, em Salvador (BA).
Novamente o confronto será em partida única. O empate, no entanto, levará a decisão para a disputa por pênaltis e não mais dá a classificação ao visitante.
No planejamento, o Corumbaense sonha. Uma hipotética classificação acumularia mais R$ 1,4 milhão na conta. Fora a oportunidade de arrecadação com patrocínio pontual. O jogo na capital baiana será transmitido para todo o Brasil na TV por assinatura.
"De vez em quando Davi vence Golias", diz Bosco, citando a conhecida fábula bíblica do pequeno que venceu o gigante. Na Bahia de todos os santos, conhecida por seu misticismo, onde "macumba deixaria o campeonato empatado", como disse o celébre Evaristo de Macedo, nada é impossível para o Carijó da Avenida.
"Nossa prioridade é o Campeonato Estadual e o acesso na Série D. Vamos entrar para disputar os dois torneios. Mas nadsa impede que façamos um bom papel em Salvador. Oxalá temos sorte. Seria a coroação de nosso projeto", disse o dirigente.