O presidente do Operário, Estevão Petrállas, anunciou na manhã desta segunda-feira (19) que o atacante Jeferson Reis foi afastado por tempo indeterminado do clube após ser flagrado em imagens agredindo o gandula do Comercial na derrota alvinegra por 1 a 0 no clássico ocorrido no último domingo (18), no Morenão.

Em coletiva de imprensa, o mandatário do Galo, no entanto, aponta que o rival colorado e a própria Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) também deveriam ser responsabilizados pelo tumulto.

Segundo Petrállas, Tadeu Francisco Kutter, 19, o gandula agredido, é atleta do Comercial - quarto goleiro do elenco profissional - e fez gestos obscenos para o banco operariano após o gol do centrovanate Jô, já nos acréscimos da etapa final, que sacramentou a vitória colorada.

"O mandante é o responsável pelas pessoas dentro de campo. E é necessário avaliar até onde vai a responsabilidade dele em colocar um atleta de seu plantel como gandula em um jogo daquele tamanho", disse Petrállas.

O presidente alvinegro, dizendo-se impressionado com a estrutura vista na Arena Pantanal na última quarta-feira (14), onde saiu derrotado por 3 a 0 para o Cuiabá e foi eliminado na primeira fase da Copa verde, aponta que recomendará a profissionalização de gandulas e maqueiros. "Não podem ser garotos da base ou jogadores do plantel", disse.

FUTURO

Sobre Jeferson Reis, uma reunião nesta noite entre os poderes do clube definirá se o Operário dispensará ou não o atacante. Em conversa inicial, Petrállas disse que o jogador pediu desculpas e está muito abalado. "Demos todo o suposte psicológico e jurídico ao atleta", disse.

Na avaliação do próprio dirigente, é provável que o Tribunal de Justiça desportiva (TJD) do Estado suspenda Jeferson Reis por toda a temporada. "Isso vai satisfazer a opinião pública", disse.

Também será avaliada a postura do massagista Raul Prazeres dos Santos Neto, que saiu preso do Morenão. Na avaliação de Petrállas, foi o gandula Tadeu quem provocou e agrediu primeiro o profissional, ex-árbitro no Estado e também o motorista do clube.

Por fim, o veterano Rodrigo Gral, expulso do clássico por também agredir um gandula, foi defendido pelo dirigente. "É um exemplo para todos nós aqui dentro. Quando marcou três gols, ninguém falou nada em nível nacional. Agora tem repercussão", disse.