O pré-candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (28) que o apresentador José LuizDatena poderá fazer uma votação gigantesca em sua caminhada ao Senado.
A declaração foi dada em Cascavel, no oeste do Paraná, onde Alckmin apresentou o programa de agricultura de seu plano de governo.
“O Datena é um grande comunicador, está no rádio, na televisão, tem credibilidade e pode ter uma votação gigantesca. Acho importante a sua participação”, disse.
Ao concorrer pelo DEM, Datena deve fazer parte da chapa de João Doria Jr. (PSDB), ex-prefeito de São Paulo e agora candidato ao governo do estado.
O ex-governador paulista afirmou ainda que sempre procurou estimular as pessoas a participarem da política. Lembrou que quando Luciano Huck mostrou interesse em disputar a Presidência, ele também defendeu e chegou a sugerir ao Roberto Freire que oferecesse o PPS ao apresentador.
“A pior política é a omissão, então a gente deve estimular que novas lideranças venham trazer sua contribuição”, disse.
Alckmin negou que esteja articulando junto com Paulinho da Força uma aliança para que Aldo Rabelo seja o candidato a vice.
“Não tem convite para ninguém porque isso é fruto de um entendimento que vai acontecer lá na frente. O Solidariedade é um partido importante, o Aldo Rebelo é uma pessoa respeitada, foi ministro. É respeitado no setor agropecuário porque foi relator do Código Florestal, é respeitado nas Forças Armadas, é um nacionalista, é uma pessoa de valor, tem trânsito na esquerda e na direita, mas não tem nada [definido].”
RICHA
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) evitou polemizar a afirmação do juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, que ao enviar à Justiça Eleitoral o processo que envolve o tucano declarou que o caso não se trata de mero caixa dois.
Em Cascavel, onde acompanhou Alckmin na manhã desta quinta e depois almoçaram juntos, Richa disse que não comenta questões judiciais. “É uma decisão da corte superior, por unanimidade, e vai para a [Justiça] Eleitoral, eu não discuto decisão judicial”.
O despacho de Moro que encaminhou o inquérito envolvendo Richa para a Justiça Eleitoral é da última segunda-feira (25).
Richa foi citado em delação premiada, em 2014, por suposto crime de corrupção em sua gestão como governador. Uma delação de 2014 apontou que o governo estadual recebeu R$ 4 milhões da Odebrecht. O valor seria uma troca com a empreiteira para que ela vencesse uma licitação para a duplicação da PR-323.