Logo Correio do Estado

PRESIDENCIÁVEL Alckmin diz que solução para conflito agrário é armamento rural Segundo o pré-candidato, ele atuou por 16 anos na área rural 30 JUN 2018 • POR YARIMA MECCHI E IZABELA JORNADA • 11h04

Pré-candidato a Presidência da República e visitando Mato Grosso do Sul, Geraldo Alckmin (PSDB), disse durante o encontro com empresários do setor produtivo do Estado que pretende garantir a segurança jurídica de fazendeiros e que as invasões de terra são intoleráveis. Conforme ele, uma solução para acabar com os conflitos seria facilitar o armamento no campo.

“Na questão da invasão: é intolerável, conflitos e invasões. As ações vão ser para coibir ameaças no ambiente produtivo Na área urbana você pode ligar para o 190, mas na área rural? Área rural é diferente e vamos facilitar o armamento para zona rural Eu sou filho de veterinária sei o que é esse conflito”, afirmou.

Segundo Alckmin, ele atuou por 16 anos na área rural, em fazendas que seu pai trabalhava. “As vezes é até preventivo você facilitar a legislação (para porte de arma na área rural). A área rural é totalmente diferente”, destacou.

Mato Grosso do Sul é um estado marcado por conflitos de terra entre fazendeiros e indígenas. Entre os mais recentes está o conflito em 2016 onde seis índios ficaram feridos por conta de um ataque de fazendeiros na aldeia Tey Kuê, em Caarapó, um morreu. 

PRÉ-CANDIDATOS

Outros pré-candidatos a administração do Brasil que tiveram em Mato Grosso do Sul também abordaram a questão indígena. Em março, o senador Álvaro Dias (Podemos) avaliou a agropecuária como o fator mais importante em Mato Grosso do Sul. “Agricultura tem que ser prioridade. Percorrendo o País, vi que não há um palmo de chão sem plantar. O agricultor é o que mais ama a terra”, afirmou.

O ex-ministro, Aldo Rebelo (SD) visitou a Capital em maio e pontuou a demarcação de terras indígenas. Ele disse que existe um conflito entre brasileiros e índios e isso exige do poder público uma posição de equilíbrio. “Não se pode corrigir injustiças no pretérito e erros fazendo injustiças no presente. Aqui, temos um drama que envolve índios, basta analisar a situação desses nossos irmãos e a taxa de suicídio de algumas dessas comunidades”, avaliou.

Na época ele disse que não se pode corrigir os erros cometidos contra os indígenas culpando os agricultores. “Eles não podem responder por injustiças feitas há 300 anos. Os brasileiros precisam levar em conta que os índios não são inimigos. As ONGs, Ministério Público e outros que legitimamente defendem as causas indígenas têm que chegar à conclusão de que os fazendeiros não são inimigos”, declarou, sem dar uma solução para o caso, pois, segundo Rebelo, é preciso conhecer a fundo o problema local.

(Matéria editada às 12h05)