A Polícia Federal, em apoio à Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, cumpriu na manhã desta sexta-feira quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de sequestro de veículo, relacionados às investigação sobre desvio de recursos públicos repassados à Instituição de Microcrédito Credquali, antigo “Banco do Cidadão”, ligada à Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab). Um dos alvos foi o candidato a deputado federal pelo PRB, Wilton Acosta, ex-presidente da Funtrab.
Na casa dele, localizada no condomínio Residencial do Parque, em frente à sede do Ministério Público Estadual, no Parque dos Poderes. Três policiais chegaram por volta das 7 horas da manhã, em uma viatura descaraterizada. Cerca de uma hora depois, foram embora levando uma pasta.
O advogado Luiz Carlos Bueno acompanhou o cumprimento das ordens judiciais com Wilton e alegou que nenhum documento foi apreendido na residência. “Não localizaram documentos referentes à operação. Nenhum veículo foi apreendido no local”, disse Bueno.
De acordo com as investigações, entre o segundo semestre de 2016 e primeiro semestre de 2017, recursos da entidade teriam sido utilizados indevidamente para a aquisição de bens privados e pagamentos de despesas particulares de ex-dirigentes e membros do Conselho Deliberativo, alvos das buscas na data de hoje.
O advogado reforçou que Acosta já havia prestado esclarecimentos sobre os fatos e está à disposição da justiça. Além disso, não tinha participação nas decisões administrativas da Credquali.
“Ele era diretor da Funtrab, sim, é fato. Mas não jamais ocupou qualquer cargo de gestão na instituição investigada [Crediqualli]. Quem deve prestar esclarecimentos agora é o diretor da instituição, pois Wilton não exercia cargo lá”, pontuou Bueno, reforçando que espera ter acesso aos autos para definir quais serão os próximos passos da defesa.
Matéria atualizada às 10h20 para acréscimo de informações*