Deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) declarou, em entrevista, que o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) não tem capacidade nem para ser prefeito de Jaraguari, município de Mato Grosso do Sul que tem menos de 7 mil habitantes.
O deputado também criticou o presidenciável Fernando Haddad (PT) e disse que ele foi péssimo gestor em São Paulo.
Dagoberto Nogueira
A declaração ocorreu durante entrevista que o parlamentar deu a uma rádio de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (22).
Apesar de criticar Bolsonaro, Dagoberto Nogueira também atacou o rival do presidenciável, Fernando Haddad (PT).
“O Haddad perdeu em todas as urnas em São Paulo porque foi um péssimo prefeito lá, e está aí, no 2º turno. Então você não sabe o que é pior”, disse Dagoberto.
Dagoberto reclamou também da atuação de Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
“O Bolsonaro, eu convivo com ele e sei que ele não tem preparo, mas tomara que ele monte uma equipe boa, ele não tem preparo nem para ser prefeito de Jaraguari, quanto mais para ser presidente do Brasil”, avaliou o deputado.
O deputado lembrou também que estará no Congresso Nacional e que vai “rezar muito para quem seja eleito monte um bom governo”.
Campanha Dagoberto
Dagoberto foi reeleito com 40.233 votos e é presidente do PDT em Mato Grosso do Sul. Porém, o candidato ao Governo do Estado, correligionário de Dagoberto, juiz Odilon de Oliveira declarou apoio a Bolsonaro.
O PDT nacional entrou com ação na Justiça contra Bolsonaro denunciando que o candidato estaria se beneficiando diretamente de empresas de disparo de mensagens em massa via WhatsApp, contratadas por empresários que o apoiam.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, instaurou a ação de investigação judicial.
PARTIDO RACHADO
Apesar de negar que o partido esteja rachado, integrantes da sigla não tem se entendido e estão declarando apoios a candidatos diferentes.
Outra polêmica aconteceu quando o filho do ex juiz Odilon de Oliveira, Odilon de Oliveira Junior foi até o presídio visitar o ex-governador André Puccinelli (MDB) e que resultou em aliança entre o MDB e o PDT, após a visita.
Anteriormente, Dagoberto havia declarado que não sabia das tratativas dos dois partidos, porém o vice-presidente do PDT, Antonio Carlos Biffi declarou que o filho de Odilon foi apenas “costurar o que já estava alinhavado”.
Outro parlamentar que também disse ter sido pego de surpresa, no que se trata da aliança das siglas, é o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB). “Fiquei sabendo da aliança depois”, finalizou ele.
Coordenador afastado
Odilon de Oliveira afastou da coordenação da campanha um dos maiores ícones da política de Mato Grosso do Sul, João Leite Schmidt.
“Por conta da idade, ele não consegue mais viajar. Por isso e por morar na mesma casa que eu, anuncio que meu filho, o vereador Odilon Júnior, vai coordenar minha campanha”, disse o candidato ao governo Odilon de Oliveira.