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DENGUE "Pessoas vão morrer no ano que vem", diz vereador Dr. Lívio Leite Parlamentares discutiram doenças causadas por mosquito na sessão 29 NOV 2018 • POR GABRIELA COUTO • 13h08

O vereador Dr. Lívio (PSDB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal durante a sessão desta manhã para alertar sobre uma possível epidemia de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti neste verão.

Segundo o parlamentar um surto de dengue, chikunguny e zika estão na iminência de acontecer. “É fato que teremos nova epidemia grave dessas doenças no ano que vem. O LIRAa (Levantamento rápido de índices para Aedes aegypti) mostrou que das 69 unidades de saúde apenas oito estão com baixo risco de infestação. Isso significa que 88,4% estão com índices de risco e alto risco”.

A falta de suporte para prover a assistência à saúde em caso de um surto fez com que ele pedisse a união de esforços das esferas para passar pela epidemia  com menores índices de mortalidade possível. “Escrevam o que vou dizer: pessoas vão morrer ano que vem”, alertou.

Lívio cobrou da Prefeitura uma ação já que a Casa de Leis aprovou neste ano benefícios para os agentes de saúde. “Demos incentivos e queremos que seja cumrpido”. Além disso, ele reforçou o pedido para prevenção do caos. “Se está faltando maca como foi denunciado, que se prepare soro, sangue, paracetamol e colchão para evitar o pior. Estamos no mesmo barco e com o ministro da saúde, Mandetta, vamos reforçar esforços da União, Estado e Município”.

LEISHMANIOSE

A leishmaniose, causada pelo mosquito flebótomo, também foi pauta de discussão no Legislativo. O vereador Veterinário Francisco (PSB) solicitou capacitação dos médicos da rede público para diagnóstico da doença no marco de 20 anos de confirmação da doença circulando na Capital.

“Não tem uma molécula que consegue combater o protozoário. Vamos ter leishmaniose para os netos dos nossos netos contemplarem”, enfatizou. De 2010 para cá 50 pessoas morreram por conta da doença e há dificuldade de diagnóstico no ato da consulta. “Vamos cobrar o treinamento dos profissionais para pararem de confundirem o diagnóstico com qualquer outra doença”.