Todos os anos, os países nórdicos e escandinavos ocupam as mais altas posições no ranking de desenvolvimento social. Este cenário foi alcançado através da confiança que a população tem no Estado, de que este, apesar de cobrar altos impostos, promove pesadas políticas que visam o aprimoramento da qualidade de vida de seus cidadãos. Porém, esse sistema não é sempre eficiente. Apesar de conterem os menores números de assassinatos, estes ainda ocorrem. Como no episódio em que um homem mascarado, portando uma espada, invadiu uma escola sueca e deixou cinco feridos. Dessa forma, para retratar esse lado mais obscuro dessas sociedades modelo, estreia dia 5 de abril na Netflix a série “Areia Movediça”.

O drama acompanha a história de Maja Norberj, uma adolescente de 18 anos que, após nove meses presa sob a acusação de promover um massacre que resultou nas mortes de seu melhor amigo e namorado, deve agora ter seu caso julgado no tribunal. A série se passa no subúrbio de Estocolmo, na Suécia, e não adota uma linearidade fixa. Utiliza-se de recursos como flashbacks e transições bruscas entre passado e presente para retratar os acontecimentos que transformaram essa aluna e filha exemplar na principal suspeita do homicídio. Para isso, retoma ao início do relacionamento de Maja com Sebastian, um garoto problemático que tenta desesperadamente chamar a atenção de sua família.

“Areia Movediça” é a primeira produção original da Netflix na Suécia e é baseada no livro homônimo de Malin Person Giolito, ganhadora do prêmio de Melhor Ficção Policial Nórdica em 2016 pelo romance. Além disso, conta com Camilla Ahlgreen (“The Bridge”) para assinar o roteiro dessa adaptação, que desde o início mantém os espectadores apreensivos para descobrir o que realmente ocorreu na sala de aula durante o massacre.