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EM AQUIDAUANA Sejusp justifica crimes em flagrante para ação policial em fazenda Indígenas foram forçados a deixar propriedade invadida 2 AGO 2019 • POR RAFAEL RIBEIRO • 10h19

A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública informou na manhã desta sexta-feira que a ação na Fazenda Água Branca, em Aquidauana, ocorreu de forma pacífica e que foram verificados crimes de ameaça, furto qualificado, danos e crimes ambientais, por isso o grande contigente policial na operação.

Por meio de nota, a Pasta disse que "o foco das ações foram no sentido de combater delitos de competência da segurança pública e evitar confronto entre produtores e índios. Por esse motivo as forças policiais permanecem na região."

Além disso, a Sejusp disse que as equipes que permanecem na propriedade "têm a ordem de identificar as pessoas que cometeram os delitos e prender, pois estão em flagrante."  

Na última quinta, indígenas da etnia Kinikinaus ocuparam a sede da fazenda Água Branca, em Aquidauana. O grupo só deixou o local após a chegada das polícias Civil e Militar, que foram enviadas pelo Governo do Estado para negociar a saída pacífica do local.

Segundo informações do site 'O Pantaneiro', indígenas chegaram ao local pela madrugada, alegando que eram os donos da terra, e solicitaram que o proprietário da fazenda e a esposa dele saíssem imediatamente. Em seguida, barracos foram montados na propriedade.

Informações dão conta de que o grupo ateou fogo em algumas áreas da propriedade.

Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Choque da Polícia Militar foram enviadas ao local e os índios desocuparam a área. No entanto, policiamento será mantido para evitar novas ocupações na região.

A ação policial na propriedade ainda está cercada de polêmicas.

A Sejusp não comentou áudio divulgado nas redes sociais onde supostamente o prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro (PSDB), diz que a ação foi ordenada "diretamente de Brasília (DF).

Além disso, integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) ouvidas pelo Correio do Estado disseram que a ação foi feita sem nenhum tipo de negociação prévia com os indígenas, foi truculenta e sem diálogo.

"Não havia ordem judicial,por isso a Polícia Federal nãoparticipou da movimentação. E não conseguimos diálogo com a PM", disse.

Prefeitura de Aquidauana, Polícia Federal e Funai ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido.