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LEGISLATIVO Vereador de Dourados tem pedido de cassação arquivado Durante sessão, vereadores foram presos 31 AGO 2019 • POR ALÍRIA ARISTIDES • 14h05

O julgamento do vereador douradense Junior Rodrigues (PL), que ocorreu na tarde de ontem (30), foi encerrado com a decisão da Câmara de Dourados de arquivar o pedido de cassação do vereador. A sessão prosseguiu normalmente mesmo após a prisão dos vereadores Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM), que aconteceu durante o julgamento. 

Junior Rodrigues era acusado de crime de responsabilidade político administrativa. O vereador foi citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGE) pela suspeita de ligação com uma lavanderia contratada pela prefeitura. A lavanderia havia sido favorecida supostamente devido à proximidade entre o político e os donos da empresa. 

O dono e funcionários da empresa chegaram a trabalhar no gabinete de Junior Rodrigues. A defesa do vereador alega que o mesmo é amigo do proprietário da lavanderia há 27 anos, mas que não houve favorecimento. 

As acusações feitas em maio pela advogada e ex-vereadora Virginia Magrini foram colocadas em votação individualmente pelo presidente da Câmara, Alan Guedes (DEM). As denúncias de exploração de prestígio, quebra de decoro por tráfico de influência e advocacia administrativa receberam dez votos contrários e cinco favoráveis. Já as duas denúncias de atos de corrupção foram rejeitadas por unanimidade dos 15 vereadores em sessão. 

Dos 19 vereadores da cidade, apenas 15 participaram da votação. Como acusado, Junior Rodrigues ficou impedido votar. As outras três ausências se deram pela prisão de Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM) e pela saída de Juarez de Oliveira, que se ausentou do plenário na hora da votação. Para que o pedido de cassação fosse aceito, seriam necessário o apoio de dois terços dos vereadores, totalizando 13 votos.  
Da base aliada da prefeita Délia Razuk, Junior Rodrigues é o quinto vereador de Dourados este ano a enfrentar processo de cassação e ser absolvido.  Pedro Pepa, Cirilo Ramão, Idenor Machado (PSBD) e Denize Portolann (PL) também estiveram passíveis de cassação ao longo deste ano.