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MULHER FOI PRESA Milhares de munições que saíram de Campo Grande abasteceriam morros no Rio Mulher foi presa no Rio e disse que receberia R$ 5 mil pelo transporte 24 SET 2019 • POR GLAUCEA VACCARI • 17h35

Milhares de munições de fuzil que saíram de Campo Grande foram apreendidas na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (24). Uma mulher, que estava acompanhada de dois filhos, de 3 e 10 anos, foi preso por tráfico de munições.

Durante fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia, o veiculo Nissan Kicks, conduzido pela mulher, foi abordado. 

Policiais solicitaram que a mulher apresentasse os documentos de porte obrigatório, como carteira nacional de habilitação (CNH) e documentos do veículo, entre outros. 

Neste momento, a mulher demonstrou bastante nervosismo, até que começou a chorar diante dos policiais rodoviários federais, além de não saber explicar as motivações da viagem. 

Por conta do comportamento suspeito,  Grupo de Operações com Cães (GOC) foi acionado e o K9 Bud, especialista no faro de drogas, armas e munições, indicou a presenção de ilícitos no interior do veiculo.

Diante da sinalização, as equipes iniciaram uma fiscalização minuciosa no veículo e encontraram, em um compartimento oculto embaixo do carro, cerca de 3,5 mil munições de diversos calibres, sendo 5.56, 7.62 e.30 utilizadas em fuzis, além de calibre .12. 

A motorista confessou que receberia R$5 mil para transportar as munições de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, até as comunidades do Rio de Janeiro. 

Ela foi presa em flagrante e encaminhada a 22ª Delegacia de Polícia (Penha). As crianças foram levadas para o Conselho Tutelar.

COMÉRCIO DE ARMAS

No último sábado (21), Henrique de Oliveira Recalde, 30 anos, e Eliane Clarindo da Silva, 38, foram presos por comércio ilegal de arma de fogo de alto calibre, entre eles um fuzil, em Dourados.

Na casa da mulher, policiais um fuzil calibre 7.62 e várias munições. Além disso, foram apreendidos um revólver, centenas de munições e espingardas calibre 12, 22, 357 e 28.  

Questionada, a mulher negou qualquer envolvimento com o comércio e disse que apenas atendeu pedido de Henrique para guardar as armas. Já Henrique se preservou no direito de não se pronunciar sobre o ocorrido. 

O delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Rodolfo Daltro, afirmou que a Polícia Civil investiga o envolvimento de mais pessoas na comercialização de armas de fogo em Dourados. 

Para Daltro, o valor de mercado dos produtos apreendidos chega a R$ 40 mil, porém, deveriam ser comercializados por R$ 20 mil.