O Corinthians tenta se defender no caso envolvendo a Caixa Econômica Federal e a Arena de Itaquera. Segundo informação publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, o departamento jurídico do Timão entrou nesta sexta-feira (4) com pedido de embargo ao processo movido pelo banco.
A equipe alvinegra solicita a suspensão da execução judicial, a retirada do nome da Arena Itaquera S/A do Serasa e uma audiência de conciliação. Em nota, o diretor jurídico do clube, Fábio Trubilhano, explica que o Corinthians entende que há cobrança indevida de valores e juros excessivos.
“As tratativas entre o Corinthians e a CEF estão em andamento e acreditamos que a melhor solução para ambas as partes é o acordo. Porém, em razão da necessidade de atender ao prazo processual, apresentamos embargos à execução demonstrando a existência de capitalização de juros excessiva e cobrança de encargos indevidos, entre outros aspectos. Ofertamos a título de garantia as quotas do fundo e esperamos que a Execução seja suspensa”, escreveu.
O valor cobrado pela Caixa na Justiça é de R$ 536 milhões, por conta do atraso de seis meses pelo clube no pagamento das parcelas do estádio. O banco pediu o bloqueio das contas da Arena Corinthians até que o valor seja quitado.
Enquanto isso, as duas partes conversam em busca de um acordo amigável. O Corinthians tenta reduzir os juros reivindicados pela estatal, manter o prazo final do pagamento para 2028 e oficializar o acordo com o banco para o pagamento de menores prestações entre novembro e fevereiro, quando há menos partidas na Arena.
Desse modo, o Timão desembolsaria o valor de R$ 2,5 milhões durante o período e pagaria R$ 6 milhões no restante do ano. Assim, descontando os juros, o clube deve bancar cerca de R$ 522 milhões nos próximos nove anos.