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MERCADO Tereza Cristina tenta reverter embargo dos EUA à carne brasileira Governo americano se comprometeu a dar posicionamento sobre o caso em algumas semanas 20 NOV 2019 • POR GLAUCEA VACCARI • 16h41

Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se reuniu nesta quarta-feira (20) com o secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, para tentar suspender o veto a importação da carne bovina in natura do Brasil. De acordo com a ministra, o governo americano está finalizando a análise dos dados que o Brasil enviou e deve dar um posicionamento em algumas semanas.

“Vamos fazer os trâmites com a maior tranquilidade. Eles me prometeram que em breve teremos notícias sobre a data e se as informações que passamos são suficientes ou não. Vamos aguardar uma decisão deles, eu espero que seja breve mesmo, pela nossa conversa”, disse a ministra, ao sair da reunião.

Os Estados Unidos suspenderam a compra de carne bovina do Brasil em junho de 2017, devido a preocupações relativas à sanidade do produto, após a Operação Carne Fraca, que revelou esquema de adulteração no produto vendido no mercado interno. No fim de outubro deste ano, o governo norte-americano decidiu manter o veto e negou a reabertura do mercado.

Missão veterinária dos EUA foi realizada no Brasil em junho deste ano, em frigoríficos de bovinos e suínos. Relatório de inspeção técnica aponta que o governo americano solicitou informações extras ao governo brasileiro.

Conforme o secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, as informações solicitadas foram enviadas com celeridade e ele se comprometeu a dar prioridade ao processo. 

Outro assunto tratado na reunião foi o estabelecimento da cota de importação de 750 mil toneladas de trigo por ano com alíquota zero, definido recentemente pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). “Era uma ansiedade dos Estados Unidos, mas já está implementada”, disse a ministra. Os representantes dos dois países também conversaram sobre a necessidade de trabalhar em conjunto pela expansão mundial do uso do etanol, de modo a tornar a commodity produzida por ambos os países um produto global.

* Com Ministério da Agricultura