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TRANSPORTE COLETIVO Consórcio oferece reajuste de 2,55%, mas decisão fica para amanhã com representante da prefeitura Sindicato pede 13%, mas empresa alega impacto na tarifa de ônibus 9 DEZ 2019 • POR Da Redação • 18h29

Embate entre o Consórcio Guaicurus, empresa que administra o transporte coletivo de Campo Grande, e a categoria dos motoristas terminou mais um dia sem um acordo entre as partes. Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho, na tarde desta segunda-feira (9), os envolvidos debateram mas nenhum nada foi firmado. 

Os pontos discutido foram o reajuste salarial dos motoristas, que pedem 13%; a manutenção do Vale Alimentação (VA), que está em R$ 110; e a participação no Participação nos Lucros que Resultados (PRL).

Sobre o VA, a empresa contratante acolheu a manutenção para R$ 170 desde que o índice da PRL fosse excluída, proposta que não foi aceita pelos funcionários. “É isso que ajuda a gente; no nosso salário”, disse o motorista José Luiz Leite, de 37 anos, sendo três deles trabalhando para o Consórcio Guaicurus. 

O reajuste salarial pretendido pelos motoristas é de 13%, mas o oferecido foi 2,55%, abaixo do que foi acordado na convenção do ano passado (índice de 5% anual). 

“Houve alguns avanços em relação a cláusula do ticket alimentação. O sindicato dos empregadores concordou em reajustar o valor de R$ 110 para R$ 170, mas houve um impasse em relação às demais questões. Notadamente em relação ao percentual de  reajuste porque esse aumento do salário dos empregados, vai impactar diretamente no valor das tarifas de ônibus para os usuários”, avaliou o Juiz do Trabalho, Flávio da Costa Higa, que convocou uma outra audiência para amanhã com a adição de um representante da Prefeitura da Capital para discutir esse impacto. 

Presidente do consórcio, João Rezende Filho, comentou que está confiante que a nova discussão marcada para amanhã coloque um fim aos debates. “O consórcio é apenas um administrador desse desse serviço. Quem determina o cálculo tarifário é agência de regulação mediante uma cesta de componentes da tarifa: o salário dos trabalhadores; a inflação; a redução do número de passageiro pagante; a coluna 36, que é um índice que a Fundação Getúlio Vargas publica com relação a alteração de preço de peças e insumos, da área de veículos. Então, diante dessa definição, eu acredito que nós tenhamos amanhã algo mais concreto e quem sabe sair com a proposta definitiva", disse.