Para evitar e combater incêndios florestais, como os que ocorreram no Pantanal em 2019, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) de Mato Grosso do Sul definiu estratégias de prevenção e combate para este ano. As ações foram definidas em reunião realizada na segunda-feira (17) com autoridades da área.
Entre as estratégias estão a utilização do manejo integrado do fogo, orientação à população e proprietários rurais, capacitação de novos brigadistas e a criação de uma rede que agregue as estruturas do poder público e iniciativa privada no combate a incêndios. “O Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] vai selecionar algumas áreas estratégicas, mas já devemos aplicar a técnica nas unidades de conservação do Estado”, destacou o titular da Semagro, Jaime Verruck.
O manejo integrado do fogo prevê queimadas programadas, envolvendo instituições públicas e privadas, produtores rurais e a comunidade. Essa estratégica leva em conta questões ambientais e sazonais, propondo um controle maior e consequente redução dos focos de incêndio.
Foi definido também a criação de uma rede de combate a incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, agregando pessoal e equipamentos do PrevFogo, da Reflore, da Biosul, Corpo de Bombeiros, Exército, Defesa Civil. “O primeiro passo será um levantamento daquilo que existe em termos de equipamentos de combate a incêndio no Estado em todas essas iniciativas, bem como a quantidade de pessoas capacitadas para esse tipo de ação”, disse o secretário.
O Corpo de Bombeiros receberá R$ 13 milhões para a aquisição de equipamentos e veículos utilizados em combates a incêndios. O recurso é destinado à aquisição de veículos (de tanque florestal e para transporte de tropa) e para a compra de equipamentos para a corporação (uniformes, botas, capacetes). O processo já está em fase de licitação.
Também será assinada uma ata de registro de preços (recurso usado na contratação de bens e serviços, por meio de licitação na modalidade de concorrência ou pregão) para a aquisição de horas-voo de aeronave apropriada para atuar no combate a incêndios florestais. “Já temos autorização para esse procedimento. O objetivo é que sejam compradas horas de voo que serão utilizadas quando necessário, a exemplo do que o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] já faz”, finalizou Verruck.