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SAÚDE & ECONOMIA Veja as metas que as cidades de Mato Grosso do Sul precisam cumprir para reabrir Confira os critérios da Organização Pan-Americana de Saúde para a retomada segura da atividades no Estado 26 JUN 2020 • POR Eduardo Miranda • 07h45

A partir deste fim de semana, o governo de Mato Grosso do Sul vai colocar em prática, por meio de decreto, um plano de retomada do cotidiano que vem sendo desenvolvido há pelo menos um mês. As prefeituras e o Estado terão de cumprir metas estabelecidas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.

As más notícias para a população dos municípios são que o aumento de casos, as deficiências no monitoramento de confirmados e seus contatos e também a pouca disponibilidade de equipamentos de proteção individual estão levando o Estado cada vez mais perto de tomar medidas mais rígidas de isolamento.  

Há tópicos do plano de retomada supervisionado pela Opas, por exemplo, em que Mato Grosso do Sul apresenta respostas satisfatórias, como a boa quantidade de testes, suficientes para os próximos 37 dias, e também a redução do contágio entre os profissionais de saúde, menor nos últimos dias.  

Nesta 26ª semana epidemiológica, Mato Grosso do Sul apresenta a nota 5,80. Os critérios da Opas/OMS funcionam da seguinte forma: quanto mais próximos de 10, estão perto da liberação total, e quanto menor a pontuação, mais próximos de um fechamento total (lockdown).  

Em dezembro do ano passado, por exemplo, quando a pandemia de coronavírus era algo ainda muito distante de Mato Grosso do Sul e do Brasil, a nota do Estado era 7,21. Esta é a nota da primeira semana epidemiológica da OMS.  

Na 12ª semana epidemiológica, quando o primeiro caso de coronavírus chegou a Mato Grosso do Sul, a nota do Estado era 6,27. As medidas de isolamento dos dias seguintes aos primeiros casos levaram o índice de retomada a subir para 6,33.  

Entre os fatores que mantêm o Estado ainda longe de uma reabertura – quando as aulas poderão voltar a ser presenciais e atividades como diversão noturna possam ser restabelecidas – está o aumento de internações. Na média do Estado, 5,69% dos leitos reservados para atender pacientes com síndrome respiratória aguda grave (Covid-19 e outras doenças respiratórias) estão ocupados. Esse número deve estar menor para o retorno de mais atividades.  

“Vamos nortear por meio de locais onde temos contaminação maior e  vamos evitar paralisações onde pudermos preservar a saúde econômica”, explicou o governador Reinaldo Azambuja.

CRITÉRIOS

Basicamente, os critérios da Opas/OMS são divididos em várias cores. Atualmente, Mato Grosso do Sul tem a cor laranja e segue em direção à vermelha. Nesse critério, medidas mais rigorosas, como as que as cidades do Estado implantaram no fim de março, que permitem o funcionamento somente de atividades essenciais, deveriam ser tomadas.  

No início da pandemia, Mato Grosso do Sul estava na bandeira amarela, que restringe atividades que representam maior risco para o controle do contágio.

Nos extremos, há a bandeira vermelha,  em que há restrição de locomoção dos cidadãos, e a bandeira verde, em que apenas as medidas de distanciamento social bastam.  

“O projeto é uma mistura do que tem de melhor já feito aqui no país, como os planos feitos no Rio Grande do Sul, no Espírito Santo, em Minas Gerais e em São Paulo”, explicou o secretário de Saúde, Geraldo Resende.

CIDADES

Atualmente, segundo o plano de retomada, Miranda, Corumbá, Nova Alvorada do Sul, Costa Rica, Batayporã, Vicentina, Deodápolis, Douradina, Ponta Porã e Antônio João teriam de melhorar bastante seus índices e estariam muito próximas da necessidade da adoção de medidas mais rigorosas.  

Na Capital, a nota da Opas/OMS é bem maior do que a de todo o Estado: 6,47. Em Dourados, a nota é 6,86; em Corumbá, 5,69; e em Três Lagoas, 5,72.