“Todo mundo aflito. O coração apertado só em busca de notícias dela”: é como descreve Camila Santana, sobre a angústia da falta da irmã Carla Santana, de 25 anos, levada da frente de casa, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, no começo da noite de terça-feira (30).
A mãe de Carla e Camila é a que mais sente pela falta da filha. “Minha mãe está angustiada; preocupada [...] Pedindo pelo amor de Deus para devolver a filha dela”, contou ela. Carla mora com a mãe e é caseira.
“Carla é muito caseira, muito difícil de sair. Ela não trabalha, não está estudando, ela só fica em casa cuidando da minha filha com a minha mãe”, disse Camila, explicando que a irmã é uma “menina doce”.
A família não entende o que houve para alguém fazer o que fez. Carla não tem desavenças com ninguém e não estava namorando. “A gente [família] não tinha nenhuma reclamação sobre ela”, revelou a irmã ao Correio do Estado.
O SEQUESTRO
Camila não estava na casa no momento que Carla foi sequestrada e recebeu a notícia da própria mãe, que estava desolada. “Minha mãe me ligou chorando; desesperada que minha irmã tinha sido roubada”, descreveu ela.
Segundo informações, a mãe de Carla disse em depoimento que estava dentro de casa quando ouviu a filha gritar em frente a residência, dizendo que estava sendo roubada e colocada dentro de um carro.
“Ela gritava muito pedindo socorro: “Mãe, socorro. Eu ‘tô’ sendo roubada”, contou Camila.
Carla havia saído para ir ao supermercado com uma amiga que mora na mesma rua. Após deixar a amiga em casa, seguiu para a própria residência. “Chegando de frente do nosso portão ela começou a gritar pedir por socorro”, disse.
Quando ouviu os gritos, a mãe então se apressou e saiu no portão, mas já não encontrou a filha e também não conseguiu ver nenhum veículo próximo. Não havia ninguém na rua para testemunhar o sequestro e pode ajudar na elucidação do caso.
Quando saiu para fora, a mãe encontrou somente o celular da moça, um chaveiro, o café comprado no mercado e os chinelos da jovem caídos no chão.
O Grupo de Operações e Investigações Especiais (GOI) foi acionado e fez o atendimento da chamada, além de apoiar o desenrolar do caso. Agora, a Delegacia de Homicídios (DEH) tenta achar o paradeiro de Carla e possíveis suspeitos do sequestro.