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PARAGUAI-MIRIM Incêndio que ameaçava Pantanal em Corumbá está controlado Focos de queimadas ameaçavam escola rural na região do Paraguai-Mirim 10 JUL 2020 • POR Fábio Oruê • 16h17

Focos de queimadas que ameaçam o Pantanal na região do Paraguai-Mirim, onde está localizada a escola rural do Jatobazinho, já foram controlados pelo Corpo de Bombeiros e brigadistas, após vários dias. Já prevendo a estiagem e ocorrências de incêndio, o governo do Estado investiu cerca de R$ 23 milhões para criar um rede permanente de combate às queimadas, que muitas vezes são causadas por ações do homem no campo. 

Conforme relatório do Corpo de Bombeiros, as ações de combate aos focos na região do Paraguai-Mirim, rebelaram as chamas que se aproximavam da escola rural. No local, foram empregados 20 homens, dos quais cinco bombeiros, com o apoio de tratores de esteiras na abertura de 3,5 km de aceiros. 

A área queimada (três mil hectares) concentrava matéria orgânica, com dificuldade de acesso devido aos terrenos alagados. Os focos atuais se direcionam à beira do Rio Paraguai.

Com a antecipação da ocorrência de focos, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), criou uma rede permanente de combate às queimadas e manteve ativa a Sala de Situação, onde as condições climáticas são monitoradas para embasar ações estratégicas e preventivas. A rede tem o apoio de aeronaves de Mato Grosso e Distrito Federal.

Para o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Joílson Alves do Amaral, com a estruturação da rede de combate e prevenção às queimadas, a qual se integram brigadas dos setores sucroenergético e de celulose, o Estado amplia seu poder de resposta aos grandes incêndios. “A nossa capacidade operacional evoluiu significativamente com os investimentos”, disse. 

Joílson anunciou a aquisição, com recursos próprios do Estado, de uma aeronave de combate aos incêndios, modelo Air Tractor, com capacidade para transportar três mil litros de água, ao custo de R$ 10 milhões. 

Também estão previstos investimentos de R$ 13 milhões, via governo federal, para compra de viaturas adequadas para combate em terrenos extremos. “Estamos criando uma frente de prevenção para enfrentarmos situações mais críticas este ano”, frisa.

SITUAÇÃO PARECIDA

Em março, uma força-tarefa foi montada para combater grandes incêndios na região da Serra do Amolar, Pantanal de Corumbá, envolvendo mais de 70 homens, a maioria bombeiros e brigadistas, com o apoio aéreo de dois aviões Air Tractor. 

A mancha de fogo foi eliminada após uma semana de uma operação que exigiu a superação física dos combatentes, para superar as dificuldades de acesso, e a presença efetiva do Estado no combate aos crimes ambientais.

MORATÓRIA DAS QUEIMADA

Titular da Semagro, Jaime Verruck destaca as medidas preventivas adotadas para o controle das queimadas florestais e urbanas, criando uma legislação específica que hoje o governo federal anuncia para a região da Amazônia: a moratória a queima controlada, que em Mato Grosso do Sul está em vigor no período de 1º de agosto a 31 de outubro. 

“Se for necessário, vamos decretar estado de emergência com o agravamento da situação, hoje controlada”, disse.

O secretário da Semagro ressalta a importância do papel do produtor rural nestas ações integradas, onde a comunicação imediata da ocorrência de um foco na propriedade ou nos vizinhos é fundamental para o seu controle.

 “Sabemos que a maioria dos incêndios não ocorrem por combustão espontânea, e o governo está atuando fortemente na fiscalização, por meio da Polícia Ambiental, para inibirmos os danos ambientais e econômicos”, pontua.