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REAÇÃO Índice de famílias endividadas na Capital recua em julho Cartão de crédito continua sendo o principal meio de endividamento 21 JUL 2020 • POR Súzan Benites • 07h30

Em julho, o índice de pessoas com dívidas, como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros, em Campo Grande, apresentou ligeira queda, de 61% a 60,7%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No mês passado, Campo Grande tinha 190.621 endividados, e em julho esse número passou a 189.986. Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, apesar de menos pessoas estarem endividadas, o número de famílias com contas em atraso aumentou.  

“A principal variação que notamos é no índice de famílias com contas em atraso, que passou de 33,2% para 34,7%. Entre os que estão com dívidas em atraso, a maioria dos que responderam, 34,4%, já estão há mais de 90 dias inadimplentes”, explicou.

O cartão de crédito continua sendo o principal meio de endividamento, citado por 61,7% dos entrevistados, seguido dos carnês e financiamentos de carro e casa. 

A pesquisa também aponta que o maior índice de endividados está entre os que recebem até 10 salários mínimos. Nesta faixa de renda, 63,3% informaram ter compromissos parcelados, enquanto entre os que estão em faixas de renda superior o índice é de 47,5%.

COMPROMETIMENTO

De acordo com o levantamento, considerando o total da renda mensal da família, a maioria (51,9%) dos que possuem contas em atraso tem entre 11% e 50% da renda comprometida com dívidas mensais. 

Outros 5% comprometeram até 10% da renda mensal e os que empenharam mais de 50% da renda são 4,5% dos entrevistados.  

Entre os que estão com as contas em atraso, 12,4% apontam atraso de até 30 dias. 

A maioria (34,4%) tem débitos vencidos há mais de 90 dias. Os que sinalizaram atraso médio de pagamentos entre 30 e 90 dias são 14,5%. 

E outros 38% não souberam ou não responderam.

A coleta dos dados foi realizada nos últimos 10 dias do mês de junho.