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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Mato Grosso do Sul quer ampliar a relação comercial vendendo mais grãos para o Irã

País do Oriente Médio Irã tem grande demanda pelos produtos sul-mato-grossenses

3 AGO 2020 • POR Fábio Oruê • 16h51

Mato Grosso do Sul quer ampliar relação comercial com o Irã, já que as vendas de milho, carne bovina e soja para o país asiático, localizado no Oriente Médio, somaram 151 milhões de dólares só ano passado e podem crescer muito mais com estruturação logística de Porto Murtinho.

Em videoconferência nesta segunda-feira (3) com o embaixador iraniano em Brasília (DF), Hossein Gharibi, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) apresentou o modal hidroviário da região como uma nova opção logística para a partida e chegada de produtos. 

Como ambos os lados têm interesse na ampliação da parceria comercial, um encontro entre empresários brasileiros e iranianos será marcado ainda neste ano - com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) na organização. 

“Mato Grosso do Sul é o quinto parceiro comercial do Irã. Eles têm interesse em ampliar a aquisição de milho do Estado, que já é o principal produto comprado. Do outro lado, eles gostariam de aumentar as exportações através de fertilizantes”, destacou o titular da Semagro, Jaime Verruck.

O Irã tem grande demanda pelos produtos sul-mato-grossenses, condição que é vista como boa oportunidade de negócios pelo governo do Estado. O Executivo ainda enxerga o país da Ásia como um caminho para a diversificação da base estadual de exportações.

"Uma das estratégias que o governador estabeleceu é a diversificação tanto dos produtos vendidos quanto dos destinos. Vamos tentar vender novos produtos e atingir novos países", pontuou o secretário. Hoje a China é o maior comprador de Mato Grosso do Sul.

O primeiro contato entre o Governo do Estado e a Embaixada do Irã foi articulado pelo deputado federal Beto Pereira, que também participou da reunião virtual. A aproximação cria um ponte entre os setores privados dos dois países, que pode resultar em negócios duradouros.