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COVID-19 Em live, secretário de Governo critica pedido de lockdown Eduardo Riedel afirma que Estado não prega tal medida e ainda pediu que haja bom senso e diálogo nas ações relativas ao novo coronavírus 5 AGO 2020 • POR Nyelder Rodrigues • 12h34

O secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, foi quem abriu a live diária do Governo do Estado nesta quarta-feira (5) e se posicionou contra o pedido judicial feito pela Defensoria Pública para que seja determinado um lockdown em Campo Grande. O pedido, uma ação civil pública, foi ingressado ontem e deu 72h para a prefeitura se posicionar.

"Mais do que nunca nesse momento temos que estar unidos. Se tem uma coisa que temos que combater nesse processo é a perda do bom senso. Cada um tem a sua angústia e agonia, e isso está contaminando as instituições de uma maneira geral", frisa.

Riedel ainda destaca em sua fala que "o maior inimigo na pandemia é a perda de bom senso e a capacidade de dialogar e articular ações diretas e concretas, mesmo que não convergentes", explica, dando sequência com uma crítica à Defensoria.

"Não acreditamos na judicialização extrema e generalizado como ferramenta de solução. Na hora que começamos a pensar que a caneta de um magistrado pode dar a solução, a covid-19 está dando um passo adiante com relação as consequências da vida das pessoas e economia", conclui.

Em dado momento, o secretário adotou fala confusa ao afirmar que é um equívoco a afirmação de que o Governo do Estado defende o lockdown, já que existe apenas uma orientação para paralisar apenas as atividades consideradas não essenciais - há uma lista feita em decreto que define cerca de 60 atividades que, independente da situação, devem seguir funcionando.

Contudo, o lockdown que ficou em alta como método de enfrentamento ao novo coronavírus e foi adotado em grande parte do planeta envolveu justamente o fechamento de atividades não essenciais e restrição rígida de circulação de pessoas, sendo mantidas as demais consideradas essenciais, assim como a circulação de trabalhadores dessas áreas.

Risco extremo

Na sequência, Riedel confirmou que Campo Grande segue em risco extremo e que, justamente para isso, foi criado o programa Prosseguir. "Ele é baseado na ciência, no conhecimento, em todas as ações que ocorrem, nos indicadores financeiros. Temos como prioridade salvar vidas, olhando com muita atenção aos protocolos e ao que é essencial ou não".

Riedel segue sua fala dizendo que o dispositivo é uma ferramenta de orientação aos municípios para tentar direcionar a atuação de cada um junto a iniciativa privada e também como política pública nesse enfrentamento. "Em Campo Grande há uma aderência grande e algumas atividades existem divergências, e isso deve ser tratado no diálogo", finaliza.