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REVIDE Após voto contra Bolsonaro, senadora Soraya Thronicke pode perder indicações Senadora de MS e mais três colegas de Casa estão na mira do Governo Federal após votarem contra os veto do presidente Jair Bolsonaro 20 AGO 2020 • POR Nyelder Rodrigues • 20h00

A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (PSL) é uma das quatro parlamentares da Casa que estão na mira do Governo Federal por votarem contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que fez com que o salário de servidores públicos fossem congelados até dezembro de 2021 em contrapartida a ajuda de R$ 125 milhões na pandemia.

Conforme matéria do jornal O Globo, ela, Daniela Ribeiro (PP-PB) e Jorginho Mello (PL-SC) podem perder indicações de cargos e de liebração de verbas em emendas por terem se posicionado contra o governo na votação realizada na quarta-feira (19).

Outro que pode sofrer sanção é o vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), que deve perder o cargo nos próximos dias, segundo O Globo relata na mesma matéria. Dos três senadores de Mato Grosso do Sul, apenas Nelson Trad Filho (PSD) votou a favor do veto. Simone Tebet (MDB) e Soraya foram contra.

As duas fizeram parte do total de 42 votos a favor da derrubada do veto - 30 apenas escolheram manter a decisão presidencial. No Senado, são necessários 41 votos para que um veto presidencial seja derrubado. Contudo, nesta quinta-feira (20), o veto de Bolsonaro foi mantido após a questão ser revertida na Câmara Federal - placar de 316 a 165 votos.

Em suas redes sociais, a senadora não comentou o voto, porém, foi alvo de críticas de vários eleitores, alguns até afirmando que trabalharam para ela em 2018 e se arrependem do que fizeram. "Senadora mais uma vez decepcionado com sua atitude", destaca Wesley Beserra, um entre os 391 comentários em post feio sobre recuperação de rodovias.

Com a reversão da questão na Câmara, as categorias inseridas no veto de Jair Bolsonaro não poderão receber reajuste nenhum até o fim de 2021. Ficam de fora da restrição os aumentos aprovados antes do estado de calamidade pública, como o concedido às Forças Armadas.

A suspensão de reajustes foi exigida pelo Poder Executivo em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos estados e municípios em razão da pandemia, sendo que R$ 65 bilhões desse valor foram concedidos como adiamento de dívidas com a União.