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CAIXA FORTE 2 Operação da Polícia Federal mira PCC em Mato Grosso do Sul, DF e 18 estados Na primeira fase da ação, corporação identificou pagamentos a integrantes da facção por ocupar postos relevantes ou por assassinatos de servidores 31 AGO 2020 • POR Adriel Mattos, Estadão Conteúdo • 07h29

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira (31) a segunda fase da Operação Caixa Forte, que investiga o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Estão sendo cumpridos 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte que determinou ainda o bloqueio de até R$ 252 milhões dos investigados.

A PF informou ter identificado 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

A ofensiva tem como base dados obtidos na primeira fase da Caixa Forte, que identificou os responsáveis pelo chamado "Setor do Progresso" da facção, dedicado à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico. 

A PF apontou que tais informações revelaram que os valores obtidos com o tráfico eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do "Setor da Ajuda" - responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.

Para garantir o recebimento do "auxílio", os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal, informou a corporação.

De acordo com a PF, a ofensiva desta manhã visa desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, além da prisão de lideranças. Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas combinadas podem chegar a 28 anos de prisão, informou a Polícia Federal.