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CAIXA FORTE 2 Polícia Federal cumpre 122 mandados contra o PCC em Mato Grosso do Sul Ação se concentrou em Campo Grande, mas foram cumpridos mandados em mais sete cidades 31 AGO 2020 • POR Adriel Mattos, Eduardo Miranda • 09h17

Em Mato Grosso do Sul, 85 pessoas foram alvos de mandados de prisão durante a segunda fase da Operação Caixa Forte, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (31). Também estão sendo cumpridos 37 mandados de busca e apreensão.

São 28 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e dois em Ribas do Rio Pardo. Os agentes cumpriram ainda ordens em Água Clara, Aquidauana, Bandeirantes, Bataguassu, Corumbá, Dourados e Três Lagoas.

Na Capital, foram 74 mandados de prisão, três em Dourados e 2 em Ribas do Rio Pardo. Foram presos suspeitos em Água Clara, Aquidauana, Bandeirantes, Bataguassu, Corumbá e Três Lagoas.

INVESTIGAÇÃO

A PF informou ter identificado 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

A ofensiva tem como base dados obtidos na primeira fase da Caixa Forte, que identificou os responsáveis pelo chamado "Setor do Progresso" da facção, dedicado à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico.  

A PF apontou que tais informações revelaram que os valores obtidos com o tráfico eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do "Setor da Ajuda" - responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.

Para garantir o recebimento do "auxílio", os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal, informou a corporação.

De acordo com a PF, a ofensiva desta manhã visa desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, além da prisão de lideranças. Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas combinadas podem chegar a 28 anos de prisão, informou a Polícia Federal.

*(com informações da agência Estadão Conteúdo)